quarta-feira, 28 de maio de 2008

Into The Wild

Cidade Flutuante

* Uma amiga (que abomina ver seu nome sendo citado na internet) me mandou o link de um blog de dois irmãos de Curitiba que resolveram dar um rolê pela América do Sul de moto. Imagina que chato.

* Todo mundo já quis jogar tudo para o alto e fazer uma loucura dessa um dia. E imagino que seja um negócio viciante, pelo que eu li na introdução do "projeto". Começa com uma viagenzinha aqui, e daí outra ali, e a coisa foge do controle. No momento os Madalosso estão em Machu Picchu, e ouvi dizer que eles estão mesmo é indo rumo ao Alasca. Será? =))

* O blog é uma delícia de ler, passei horas vasculhando as viagens e os roteiros. Além das curiosidades de cidades de que nunca ouvi falar, muitas fotos maravilhosas como a que abre o post e até dicas culinárias! Veja esse vídeo da dupla comendo um ratinho delicioso em algum canto da América. Affe.

--> Para Ler:

[ Blog "Aventura sobre duas rodas" ]

* Quem é viciado nesse tipo de viagem é o ator Ewan McGregor. Lembro que o livro dele estava entre os best-sellers há tempos na Inglaterra. Ele e um amigo foram de Londres até Nova York (isso mesmo) de moto, passando por Rússia e Canadá, documentando tudo. A aventura virou série na TV e acabou no livro Long Way Round. No ano passado eles se reuniram novamente e foram da Escócia até a África do Sul! O livro saiu recentemente e se chama... Long Way Down. Também virou série de TV na BBC (clique aqui para ver alguns posts e vídeos) e DVD. Dá uma olhada isso:


* O que a gente está fazendo aqui, hein???

Pretty Ballerinas

* Comprar sapato na adolescência era uma tortura pra mim. Sendo "muy alta", era difícil achar um sapatinho com salto-zero que não fosse coisa de Vó. Era melhor ficar com os coturnos e o All-Star, e não reclamar nunca. Mas quando aparecia aquela festinha mais "chique"... ai que pesadelo! Eu botava um saltinho e não sobrava ninguém para dançar comigo! haha

* Quando a moda dos "flat shoes" moderninhos apareceu, lembro que fui a uma loja do Shopping e levei tudo o que podia. E o que não podia também, mas isso é um detalhe.

* Eu tenho a desculpa de calçar 39. Vocês já tentaram comprar um 'sapatinho' 39? na Arezzo, por exemplo, eles só recebem dois (DOIS!!!) pares na numeração 39. Eu me sinto um Shrek entrando na loja. Ou seja, se eu não correr, as girafonas de Higienópolis passam na minha frente!

* E é por isso que eu me arrependo horrores quando lembro dessa lojinha fofa da foto acima. Ficava em Chelsea em Londres, pertinho do metrô de Knightsbridge. Sabe aquelas coisas de viagem "um dia eu volto aqui"? Pois é. Esqueci e nunca voltei.

* Pelo que eu entendi, o Pretty Ballerinas vem da Espanha. Entrando na loja, você dá de cara com uma pirâmide enorme de sapatilhas. São tantas que é fácil enlouquecer e pensar no "outro dia eu volto". Não é baratíssimo (tipo 100 euros), mas para quem sofre com o pezinho 39 não tem o que pensar.

* Reparem que alguns modelos têm a ponta quadrada das sapatilhas de bailarina mesmo:

Eu queeeeero!!!!!


Nome Próprio


* Uma das grandes desvantagens do Twitter é a preguiça que dá em pensar em um texto com mais de 140 caracteres. A gente se acostuma a ler e a escrever só o essencial, mesmo que esse essencial às vezes não passe de um "quero Doritos".

* Eu queria ter falado do filme do Murilo Salles logo no dia que vi, mas daí a gente sentou no bar e discutiu e discutiu e discutiu tanto até não ter mais o que discutir. Daí falamos no twitter, pelos emails, e de repente parece que já esgotamos o assunto. Só que esse jeitão tosco de discutir um filme (mesa de bar-email-twitter) tem muito mais a ver com o Nome Próprio com que qualquer outro filme. Ele te dá essa vontade de discutir com urgência, não sentada aqui tentando elaborar um texto coerente. Mas enfim (adoro quem fala "enfim" pra tudo), também não teria sentido deixar a Camila (personagem principal e um "alter ego" da escritora Clarah Averbuck) fora do blog, lugar que ela praticamente (re)inventou.

* A sessão foi especial para "blogueiros" e simpatizantes. O nível de nerdice na sala era elevado, dá para imaginar.

* Para quem não tem a menor idéia do que estou falando, Nome Próprio é uma colagem de textos beeem livremente adaptados dos livros da Clarah "Máquina de Pinball" e "Vida de gato", além de seus textos publicados no blog.

* Camila, representada por Leandra Leal, tem o cabelo de Clarah, o jeito da Clarah, a ansiedade dela, é inquieta como ela, mas não é ela. E ela quer que deixe isso bem claro. Mas - juro - não dá. É difícil apagar a imagem da Clarah e ver uma outra pessoa ali. Mas vamos tentar...

* Eu sempre sou chata com o cinema nacional. Acho a maioria das histórias repetidas, sem inspiração, nada criativas e muito "herméticas" (como o próprio povo de cinema gosta de dizer). O que mais me agradou no filme do Murilo Salles foi o aqui-agora da história. É atual, é urbano e é jovem. Eu consegui me identificar com ele, e até em alguns momentos, com ela. Como não? Camila vai à Casa Belfiore, ao Milo e ao Filial. Ela gosta de rock, mesmo que a trilha do filme não seja lá essas coisas. Ela acha que escrever é a melhor terapia e que um dia os blogueiros vão salvar o mundo (tô inventando, mas é relevante). E ela ainda chega da balada, liga o computador e dá aquela checadinha básica nos emails... =))) Acho que a minha identificação com ela acaba aqui.

* Camila é corajosa, descarada e determinada, mesmo que suas cagadas neguem isso o tempo todo. Bebe, dá escândalo (a cena da briga no Filial dá vergonha alheia de verdade), fala & escreve o que pensa e o que não deve, se ilude com os meninos, quebra a cara várias vezes e... começa tudo de novo.

* Não acho que seja um filme para todo mundo. É para alguns-poucos. Nem acho que seja uma obra-prima, mas fico feliz quando vejo um filme nacional que consiga colocar um tiquinho do meu mundo na tela.

* Leandra Leal é o filme, ou como saiu na divulgação, é atriz em um "filme-performance". O resto do elenco é fraco de doer. Não sei o que acontece na preparação de atores por aqui, mas respiração ofegante normalmente é confundida com boa atuação! Os meninos trabalham tão mal que não convencem. "A 'Camila' nunca gostaria de um coxinha desse", ouvi alguém dizer na sala. haha Ok, elenco não tem que ser bonito, mas ser mais natural e menos "escola Wolf Maya de atuação" ajuda. Algumas falhas de contiuidade, os efeitos das letras nas paredes poderiam ser mais ousados (o "Into The Wild" do Sean Penn arrasou nessa idéia), figurino ok, uma câmera (ou um boom) aparece na cena da praia... São detalhes que - tirando alguns atores - não atrapalham em nada. Nem sei se vimos a versão final, na verdade.

* Quero saber o que vocês acharam! Pode ser por aqui, na mesa de um bar, no twitter... =))

* O filme tem um blog. Muito bem escrito a várias mãos, por sinal. Lá você pode saber o que a Clarah Averbuck achou do filme, ler um depoimento do Murilo Salles, participar de promoções (quer ver o filme de graça?), curiosidades, etc.

* Estréia oficial no dia 18 de julho. Olha o teaser que legal:



--> Vários Links:

[ Blog Nome Próprio ]

[ Blog Clarah Averbuck ]

[ Blog Leandra Leal ]

[ Twitter Nome Próprio ]

[ Ficha Técnica do filme ]

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Stop Play Moon

Ricardo Athayde, Geanine & Paulo Bega

* No sábado fui ver a exposição "Motel Bega" na Galeria Mezanino. As fotos são do fotógrafo Paulo Bega, que eu já conhecia da banda Vague.

* Bebidinhas, fashionistas (faixa na cabeça é bem tendência, não?), amigos, fofocas, bem divertido.

* No final, acabamos prestando mais atenção na banda dele (foto) que nas fotos. Bega é baixista do trio Stop Play Moon (ex-Motel), que eu ainda não conhecia. Fiquei impressionada com a voz da Geanine Marques (agora loira!). Levei um susto quando ela soltou um vozeirão de Goldfrapp sem fazer o menor esforço. Músicas dançantes, muito bem arranjadas e criativas. Sem dancinhas infantis ou letras engraçadinhas, até que enfim. Tudo muito fino e sem carão! Às vezes lembrava Madonna, muitas vezes Goldfrapp mesmo, mas juro que até Garbage eu ouvi ali. Electro-chic sem afetação com quem sabe cantar de verdade, e não só sussurrar ou berrar ao microfone.

* As melhores músicas são "Take It All" e "Beautiful", dá para ouvir lá no player do MySpace.

* O próximo show será na Louis Vitton (tá?) do novo Shopping Cidade Jardin e depois disso, eles saem em turnê pela Europa.

Stop Play Moon - "Huhu"


* Já a exposição "Motel Bega" vai até o dia 27 de junho. A galeria fica em cima da loja V-Rom, na Alameda Lorena 1922. Dá para se ter uma idéia do trabalho do Bega como fotógrafo no blog dele, aqui.

--> Para ouvir: [ Stop Play Moon ]

--> Blogs: [ Blog SP Moon ] & [ Blog Paulo Bega ]

Hercules & Love Affair

* Enquanto o Brasil fica só com um DJ setzinho sem graaaaça, olha como fica a música mais gostosa de dançar - e berrar na pista - ao vivo:

Hercules & Love Affair : "Blind"


* Inveja bem invejosa neste momento.

* Ok, eu também prefiro a voz do Antony Hegarty, mas a tal da Nomi mandou muito bem. Só o modelito a la Michael-Love-da-Lôca com passinhos dança-do-ventre que não precisava, vamos combinar. =)))

* E o que é todo mundo cantando junto? E não é que rola um trompetão ao vivo mesmo? haha

--> Para ouvir: Hercules & Love Affair

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O vício das camisetas

Superbad SuperCool

* Um amigo que diz ter sido "um personagem típico de Apatow quando era mais jovem" (ainda bem que só o conheci 'grandinho') me mandou o link para essa camiseta fofa do McLovin, o nerd mais engraçado do filme.

* Adoro as camisetas do Nerdy Shirts (o nome já diz tudo) e foi lá que achei aquela camiseta linda do Jack Bauer uma vez. Eles são muito criativos e sabem misturar bem as cores.

* Fuçando as nerdices, olha só o que mais eu achei:

Flight of the Conchords

* E uma das mais legais sobre os Heroes, com o Hiro fazendo aquela carinha de dor de barriga antes de embarcar em uma viagem frustrada pelo tempo. Aliás, aquela parte da série foi ficando muito chata, não? Eu fui perdendo o pique do Heroes e não consigo nem me lembrar como terminou a temporada... Já está passando de novo? Será que o Peter Petrelli aprendeu a fazer mais que 2 expressões diferentes no rosto?

Hero Hiro: Yatáá

* E para terminar, uma do Cafe Press, que não tem as melhores cores e modelos, mas sempre tem frases legais.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Café Megadeth: wtf?

Pra não dormir nunca mais...

* O ex-Metallica e vocalista do Megadeth, Dave Mustaine, lançou o "círculo do café". Lembra do círculo do livro, aquele de que nossas mães adoravam fazer parte?

* Por apenas 20 dólares por mês, os "membros" do clube do Mustaine vão receber em casa grãos de café selecionados por ele, um auto-intitulado expert no assunto. É o que ele diz, mas eu não beberia isso não. Acho que vale pelo saquinho que é uma verdadeira relíquia, e olha lá. Este mês são grãos peruanos, por exemplo, mas o mês que vem ainda "é uma surpresa"...

* Muito medo. Se bem que existe fã pra tudo, não?

* O clubinho do café se chama "Dave Mustaine's Monthly Coffee Crew".

--> Para comprar e fazer parte do clube: [ Legends Cup Coffee ]

Poploaded 58: The Verde & Amarelo Issue

Ê, Brasil-il-il!!!

* O programa de quinta/sexta-feira teve uma seleção especial de músicas do indie-nacional. Bem eclético: de hip-hop à psicodelia, passando por indie-erudito e new-rave-brasuca. É o "Verde & Amarelo Issue", Brasiiiil!

* Tem De Leve (adoro a música para as 'cachorrinhas' dele), No Porn (não canso de "Baile de Peruas"), o novo projeto do DW chamado Je Revê de Toi, Wandula (vocês já ouviram o cd que saiu no final do ano passado que lindo?) e nova do NRK!!!

--> Para ouvir/baixar:

[ Poploaded 58 ]

domingo, 11 de maio de 2008

Filmes: tirando o atraso...

* Ainda não entendi porque ninguém me disse que a sessão das 15h do Cinemark custa a-pe-nas R$ 4,00. Eu vivo reclamando aqui que gasto no mínimo 20 reais cada vez que vou ao cinema e de repente descubro essa. A promoção parece velha e acaba em junho. Ainda dá tempo de ver muito coisa até lá.

* Era para ser um post rápido, mas me empolgo. Notinhas sobre alguns filmes que vi na última semana:

"Pecados Inocentes"

* Pecados Inocentes ("Savage Grace"): filme tão pesado que até o Rubens Edwald Filho, que estava ao nosso lado, saiu mais branco que o de costume (um verdadeiro boneco de cera do Madame Tussaud). O melhor (ou pior, dependendo do ponto de vista) foi cair de paraquedas na sessão sem ter a menor noção do que se tratava. "Filmão da Julianne Moore" era tudo o que a gente tinha lido. Depois de um super hamburger no Ritz e antes de uma noite estranha no Milo, parecia perfeito. Se eu contar uma linha a mais que "mãe desenvolve estranha relação com filho" estraga. É verdade: tem incesto, tem pai desnaturado, mãe Norman-Bates-mode-on, riqueza aristocrata inglesa, ménage-à-trois, drogas, etc. Tudo bem encaixado e bem dirigido, mesmo com as cenas afetadas demais. Mas como fazer um filme de lordes ingleses sem ser afetado? =) Curiosidade: o que a gente não esperava era a "realidade" do filme. Só fui saber no dia seguinte, via Google mesmo, que a história é real e bem mais chocante. Depois de ver o filme, a leitura dessa entrada no Wikipedia é obrigatória.

"Sonho de Cassandra"

* Sonho de Cassandra (Cassandra's Dream): bem menos que Match Point, mas muito mais que Scoop. Eu adoro o tema "o-que-você-faria-por-dinheiro?", sempre saem bons roteiros dessa idéia. Muita gente odiou ("parado demais", "os sotaques são falsos e forçados", "a Londres de Allen é esquisita e deslocada", etc), mas eu adorei cada segundo do filme pelo trabalho perfeito da dupla Farell & McGregor (na verdade, achei o sotaque forçado bem charmoso).

* Finalmente descobri que o irlandês Collin Farrell é um ator de verdade. Nunca gostei dele e de nenhum filme em que ele tivesse trabalhado, mas não dá para sair da sessão achando que ele não seja aquele tosco atormentado. Virei quase-fã: isso vai depender da próxima bomba que ele topar fazer. Alguém viu algum filme dele que prestasse? Curiosidade: o filme quase não tem tomadas variadas, ficando tudo no mesmo plano (talvez por isso tenham achado lento e entediante). Farell disse em uma entrevista que ele fez mais takes para uma cena de Miami Vice que para esse filme todo (!!!). E se alguém quiser saber quem é Cassandra na Literatura Grega e quiser tentar achar algum paralelo nisso tudo, clique aqui.

"É Hoje" é um nome feio demais

* Superbad: Eu ainda não sei se amo ou se odeio Judd Apatow. Tanto em "Virgem de 40 anos" como em "Knocked Up", ele consegue criar os homens mais idiotas do universo. Pior, ele faz a gente acreditar que todos os homens são daquele jeito e que não tem para onde fugir. No "Virgem...", a única pessoa saudável - no sentido "dá para trocar um oi no elevador" - é o coitado do virgem de 40 anos. No "Knocked Up", é muito difícil engolir que um cara loser, cheio de minhocas na cabeça, feio, imaturo e porco consiga ficar com a "Izzy do Grey's Anatomy". Nem vamos comentar que é mais difícil ainda acreditar que ela, toda bem sucedida e inteligente, cairia nessa roubada. Mas eu sempre acabo assistindo - e até achando graça nele. Humor 15 anos, mas ok. Sem mais, para evitar mais vergonha alheia, só peguei Superbad no vídeo porque tinha o Michael Cera. E porque estou doente e não queria pensar muito. E que feio isso, mas adorei. Ri o filme inteiro. As piadas são as mesmas, a parte escatológica também, mas finalmente a idade dos personagens faz a diferença. Vontade de grudar na bochecha do Cera!

"Filho do Rambo"

* Son of Rambow: Este eu não vi, mas lendo um site gringo esses dias, cliquei em um banner sem querer e fui cair no site oficial desse filme infantil inglês. A trilha inundou o quarto e era "Close To Me" do The Cure. Na foto, um menininho vestido de Rambo, mas que na atual fase de bandas indie-hippies, me lembrou mesmo um dos carinhas do MGMT:

Dava para ser o vídeo de "Kids", do MGMT

* Acabou The Cure e veio Duran Duran e daí Siouxie. A trilha cool acaba por aí, aparantemente, mas o "coolness" continua nas fotos. Inglês é chique até para fazer figurino de filme infantil:


* Ele se passa no começo dos anos 80, mas com a combinação calça skinny + lenço-de-deserto dava para ser uma turminha new-rave de hoje, não? Na história, o loirinho MGMT topa estrelar como "o filho do Rambo" em um filme caseiro feito pelo melhor amigo, depois de ver uma cópia pirata e enlouquecer com "First Blood". É dirigido por Garth Jennings (de “The Hitchhiker's Guide to the Galaxy”) e tem essa frase genial no poster: "Faça de conta, não faça guerra". =)


* Já falei deles antes, mas vou repetir porque entraram em cartaz em SP: Once (falei dele aqui) é musical, é bobinho, é sobre o amor, mas não tem nada de piegas. Não é inesquecível, mas é sensível e perfeito para esse tempo horroroso. Já o "Run, Fatboy, Run" - que aqui ganhou um nome ainda pior: "Maratona do Amor" - é uma das comédias mais sem graça que já vi. A trilha é cheia de indie-rock, mas é só. Fujam!.

domingo, 4 de maio de 2008

Wise Wyse Words

Contando os segundos para o feriado

* Tem uma seção da revista de final de semana do Guardian que eu adoro, o "Wyse Words". Todo sábado, na primeira página após o índice, ela está lá. É bem pequenininha e quase ninguém repara, mas eu gosto de colecionar.

* Pascal Wyse é responsável por ela. Todo sábado ele coloca neologismos engraçados - criados por ele, obviamente - para sentimentos e acontecimentos do dia-a-dia. Coisas banais, como "aquele prazer estranho que você sente ao ver alguém perder o ônibus", ou, "a vontade incontrolável de acenar loucamente para quem passa de barco".

* Juntando todas as palavras, dá para formar um dicionário divertido de expressões novas - e absurdas. Adoro esse: "Ginstinto: a sensação horrível de que você está prestes a se lembrar, através de uma neblina de ressaca, de alguma coisa diabólica feita na noite passada".

* O neologismo desta semana teve tudo a ver com meu feriado preguiçoso! A palavra de ontem, em uma tradução bem livre, foi essa:

"Displeisure: a tirania da recreação sem foco - uma dia de folga do trabalho ou um dia sem as crianças que foi por tanto tempo esperada, que quando finalmente chega, te deixa paralisado de stress por não saber como aproveitar o tempo de maneira mais sábia. Você acaba fazendo nada, ou então, volta ao trabalho para poder relaxar.

* Mandei isso a um amigo que no ano passado voltou de férias um dia antes porque estava cansado de "fazer nada". =))

* Dá para acompanhar as "sábias palavras" de Wyse pela Internet. É só visitar a página dele semanalmente no Guardian.

ps: o franguinho desesperado é do meu blog de cartoon preferido, o Savage Chickens.

Menininhas

* Domingo passado fui ver o show da Mallu Magalhães no Studio SP. Eu não via um show dela desde a participação no Poploaded e do primeiro show no Milo. Aliás, esse show do Milo não conta, porque nem chegar perto dela eu consegui.

* Acompanhando o falatório desde então (blogs, MTV, jornais), não sabia bem o que esperar porque não gosto tanto da música. Gosto mais da loucura toda em cima dela, de ficar analisando o jeito estabanado dela no palco, as piadas sem graça, o figurino estranho para uma menina de 15 anos, os óculos enormes, o chapéu de vô, o jeitão de criança de 10, a palheta da Juno, a gaita que insiste em cair do bolso traseiro, etc. Eu sempre me interessei muito mais por esse lado estranho da Mallu que pela música dela. Acho engraçado lembrar de como tudo começou e imaginar onde a coisa vai parar.

* Foi uma surpresa, portanto, ter gostado do show dela acima de todas essas distrações acima. Ainda não sei se tenho paciência de botar um CD aqui e ouvir, mas foi um show divertido e bem variado, completamente diferente do começo. A voz dela melhorou, os arranjos da banda já não são mais cafonas, as letras amadureceram e bem, até em francês ela resolveu arriscar. Além do banjo, ela tocou piano, gaita, violão e escaleta. A banda agora conta com um violoncelo (fino!) e deu uma acelerada boa nas músicas mais "folk".

* Vamos esperar o CD para poder prestar atenção finalmente mais na música que ela faz que na "fofura" que ela é. =) Tentamos filmar várias partes do show, mas o Studio é escuro demais. De qualquer forma, vou colocar aqui uma das músicas novas que ela tem cantado e que mostra bastante a evolução na voz dela. Não me lembro o nome ("Night Owl"??), infelizmente.

* Se ela não fosse menor de idade, ia cantar essa aqui com um copo de whiskão na mão, com certeza.



(( Para ver a Mallu tocando banjo e cantando "Anyone Else But You" do Moldy Peaches, clique aqui ))

Stephanie Toth em San Fran

* Com a 'Teca foi diferente. Logo que o Lúcio voltou do "concurso de talentos" da Cultura Inglesa e mostrou uma música da Stephanie Toth pra gente na Poploaded, gostei dela logo de cara.

* Ela é triste como a Cat Power, canta - quase - como a Cat Power, parece tão atormentada quanto a Cat Power e mesmo assim, tem só 16 anos. Stephanie nem dá para ser comparada à Mallu, a não ser pela idade. Enquanto Mallu parece ter 10, ela parece ter 40. No bom sentido. Parece que já sofreu horrores por amor, que vive levando pé na bunda, que é uma alcóolatra depressiva ou aquela menina do fundão que ninguém entende.

* Daí ela vem fazer uma session na Poploaded e aparece essa menininha calma e você lembra de novo a idade que ela tem, da onde ela vem... e é engraçado ver como a música cria monstros. =)))

* Ah! Para completar, a Teca tira fotos incríveis. Adoro o Flickr dela e as legendas sinistras que ela coloca. Cada fotinho ali dava para virar capa de single!

Stephanie Toth - "Lion You're A Tiger"



--> Para ver/ouvir/baixar:

[ Poploaded 57 com session ao vivo de Stephanie Toth ]

[ Vídeos de Stephanie Toth ao vivo no iG ]