quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Dog Descontrol III

* Post não indicado para quem não gosta de animais ou não concorda comigo e com o Mickey Rourke.

Me leva pra casa?

* Daqui a pouco ninguém mais aguenta ver os desenhos do Shepard Fairey por aí. Além de todo o auê com os trabalhos para a campanha do Obama e ainda esta semana com o logo especial para o Google no Martin Luther King's Day, ele fez esse servicinho amigo aí pro site de adoção de animais Muts Like Me ("Vira-latas Como Eu").

* No site dá para pegar esse poster em tamanhos diferentes. Também dá para ajudar, claro, mas o site é gringo e se você estiver mesmo interessado, tem centenas como esse no Brasil.

* A "onda cachorro" está grande, por todos os lugares e mídias. E começou bem antes do discurso emocionado do Mickey Rourke no Globo de Ouro, dedicando o prêmio ao fiel cachorrinho porque "no final eles são só o que nos restam". Foi de lá pro PETA, como o Lucio postou, em campanha para castrar animais. É o PETA sendo oportunista, esperto e marketeiro. Mas eu gostei mesmo assim:

* Tirando a propaganda do cachorro-peixe do SpaceFox, que eu adoro e acho bem humorada, toda vez que aparece um cachorro em comercial é mais uma chantagem emocional que qualquer outra coisa. 

* Aquele que está sendo veiculado agora, em campanha para doação de órgãos é uma covardia. Pra que gente? Eu sinto mais pena do cãozinho sem dono do que do cara no porta-retrato que morreu. Não dá. Nem o slogan "Quando você doa seus órgãos, uma parte de você continua viva" me comove mais que ele. Sem contar que eu prestava tanta atenção no cachorro que levei um tempão para entender a propaganda. haha


* Triste & piegas, mas boa, era uma que vi no passado, acho, passeando pelo YouTube. O cachorro, enquanto "bicho com cara triste que comove e vende", serve aqui para vender... celular. É bem bonito e ju-ro que entendo e até sinto a agonia do cara no início e a alegria descontrolada que ele sente no final. I'm a Target Market, hello? Emocionante:


* Na música: Só nessas últimas semanas, Morrissey e a banda Bodies of Water fizeram dos cãezinhos seus protagonistas. Um é leve, já que o Morrissey nunca deixaria alguém brilhar mais que ele. O outro, pesaaaado demais.
* Aqui, Morrissey se divertindo com os pequenos em fundo branco, no vídeo de seu novo single, "I'm Throwing My Arms Around Paris": 


* Eu adoro essa música do Bodies of Water, que me lembra muito o Arcade Fire naquela fase boooa do "Funeral". Linda e tensa. Depois do vídeo então, piorou. 

* Tem um caçador de diamantes, uma floresta, um cachorro que morre, um cachorro guardião e vingativo, uma criança que mexe onde não devia e um final feliz. Para o cachorro. Quase um curta, não um clipe:

Bodies of Water, "Under The Pines"


* Nada a ver, mas tudo a ver: tem aquele vídeo antigo do Vitalic que só usava cachorros, lembram? Eu adorava um poodle com cara de assassino e um pincher dando um salto de ginasta que aparecem ali. Prefiro não imaginar como ele foi feito. Será que eles jogavam os cachorros de um lado pro outro sem dó? Ou hipnotizaram todos com muito laser?

Vitalic - Poney Part 1


* Nos blogs: para terminar, duas fotinhos ótimas que vi pelos blogs.

* No da Dani Arrais, um momento dog-passion com o casal Agnes Deyn e Albert Hammond Jr:



* No do Matias (que por sua vez, tinha visto no da Thaís), um spoiler terrível. Hahaha:



terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Azedinho.Doce

* O amigo Rafael Primo já apareceu aqui antes com o "Manual Para Atropelar Cachorro", filme baseado em história de Daniel Galera e que acabou ganhando 3 Kikitos em Gramado. Que orgulho.

* Ele me mandou hoje o trailer de seu novo curta... Chorei, chorei. Quando eu tiver mais detalhes coloco aqui.

[ Doce.AMAR.Go ]

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Aos 16. Aos 26. Aos 66.

* Que mundo mais bizonho.

* Quem disse as frases abaixo? A Mallu (16), a Suzana (66) ou a Vanessa (26)?

1- "O Marcelo me beijava muito. Imagina se eu não gostava? Eu, que sempre gostei de sexo, amor e carinho? Se ele me completava nesse departamento, não precisava falar de museu."

2- "Não gosto da presunção, do hábito de se levar muito a sério"

3- "Foi (um processo) doloroso, quase que (um processo) pungente, atormentador"

* Lembrei agora da Revista da Folha. Aquela seção "Quem Diria: As Máximas em Qualquer idade", sabem? Sempre leio aquilo.

* Bem, a "Vanessa" entrou aqui por tabela, coitada, não deveria. Por questão de efeito (de idade) e por outro motivo que explico lá embaixo. Vamos às moçoilas:

Frase 3, Aos 16: Mallu Magalhães

* Um amigo me alertou quando a Mallu apareceu no Serginho Groisman, mas me deu preguiça de ver. Daí o Matias postou este vídeo editado e comentado e não acreditei. Coitado do Wagner Moura. Coitada da Flávia Alessandra. Eles saíram dali sem fé na humanidade. Parabéns ao paciente que editou isso:


* Sei que a frase 1 poderia ter saído da boca da Mallu, mas acho que o Marcelo Camelo deve até curtir um museu de vez em quando, então, resposta errada.

Frase 1, Aos 66: Suzana Vieira

* Nem sabia qual frase da Suzana Vieira (na VEJA desta semana) eu deveria escolher. Isso sim é novela, gente. Isso sim é tablóide pra gente fina ler:

[ Entrevista "bombástica" da Suzana Vieira para a Veja ]

Frase 2, Aos 26: Vanessa Barbara

* Eu tenho que admitir que nunca tinha ouvido falar na Vanessa Barbara. Eu também não assino o Estadão, e vejam só como são as coisas... Só cheguei na menina acima por causa da Suzana Vieira! Ou melhor, porque comprei o pacotão Estadão + Veja por x reais de desconto. =)

Pois bem. Lá no finalzinho do Caderno 2 tem uma seção chamada "Antologia Pessoal", que ontem continha uma entrevista com ela sobre livros e livros e mais livros. Não conheço essa seção do jornal e não sei se é sempre assim e sobre isso, mas achei bem interessante. 

Fiquei imaginando como eu responderia todas aquelas perguntas e me deu um desespero. Eu me dei conta que, apesar de ser alguns bons anos mais velha que a "jornalista, tradutora e escritora Vanessa", não tinha nem um terço da "bagagem literária" que ela tem. Sabe aquele "fón fón fón fón" de desenho animado? Foi o que tocou depois que comecei a tentar bolar as minhas respostas.

E foi assim que, em questão de segundos, eu joguei toda aquela minha recém-adquirida superioridade "não-era-tão-mané-assim-aos-16" + "nunca-cairia-nessa-aos-16-muito-menos-aos-66", por uma humilde sensação de inferioridade "poderia-ter-feito-muito-mais-aos-26".

* Vanessa Barbara, conforme aprendi, além de tradutora, escreve para a Revista Piauí, é colunista do Estadão, escreveu 2 livros e edita o site A Hortaliça. Ufa. Abaixo, a humilhante entrevista ao Estadão:

[ Antologia Pessoal com Vanessa Barbara ]

"O Melhor Molho À Bolonhesa Ever"

* Duas considerações antes de iniciar este post gastronômico, com a foto de um prato que por incrível que pareça foi feito por mim + ajudante, e não apenas experimentado em um restaurante qualquer:

1- Eu não cozinho. Sou apaixonada por molho à bolonhesa. Fazer um molho à bolonhesa como o da foto abaixo, muito mais gostoso que o do Gigio e que o do Jardim de Napoli vale sim uma menção no blog. Orgulho de mim mesma, pípol!
2- O título que pode soar pedante não é meu, mas sim da Rita Lobo, de quem copiei a receita. 

* Atenção: se eu fiz é porque é fácil mesmo. E se eu postei, é porque é o "melhor EVER". Seriously.

Ai que orgulho, Brasil!

* Para o molho:

500g de carne moída
1 colher de sopa de óleo
3 colheres de manteiga
1/2 xícara de cebola picada
1 xícara de cenoura picada
1 xícara de salsão picado
1 xícara de leite
1 xícara de vinho branco seco
1 1/2 xícara de tomate italiano sem pele (com o liquido da lata)
1 pitada de noz-moscada
sal e pimenta do reino

* Modo de Preparo:

1- Ingredientes devem ser picados bem fininho ((nota da cozinheira preguiçosa: eu piquei tudo de qualquer jeito mesmo.))

2- Leve uma panela ao fogo médio. Junte o óleo, a manteiga e a cebola. Refogue, mexendo sempre, até que a cebola fique transparente. Adicione a cenoura e o salsão picados e refogue por 2 minutos, mexendo sem parar.

3- Acrescente a carne moída e misture com um garfo. Tempere com sal e pimenta e refogue, mexendo sempre, até que a carne perca a cor rosada de carne crua.

4- Junte o leite e mexa até que seque completamente. Tempere com uma pitada de noz moscada.

5- Adicione o vinho e deixe cozinhar até secar.

6- Abaixe o fogo, junte os tomates sem pele (com o líquido da lata) e deixe cozinhar por 3 horas, com a panela tampada mexendo de vez em quando. O fogo deve estar baixíssimo; caso contrário, o molho irá grudar no fundo da panela. Se começar a secar, acrescente 1/2 xícara de água quente. 

((Nota da cozinheira acidental: claro que meu molho quase grudou e quase queimou. Deu uma insegurança e acabei deixando no fogo somente por 2 horas. Funcionou mesmo assim))

* E isso! Daí é só escolher sua massa preferida e preparar conforme as instruções da embalagem. Ela sugeriu penne e foi o que usamos, mas para mim, macarrão à bolonhesa tem que ser com espaguete!

* Essa receita foi tirada do livro novo da Rita Lobo, A conversa chegou à cozinha", "O Melhor Molho à Bolonhesa Ever", página 125. A foto é minha! =)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Rabiscos Indie - Leitura de Férias I

Bands On The Road: The Tour Sketchbook

* A pilha de livros com a tag "para as férias" sempre acumula nessa época do ano, quando deveria diminuir. Acabo comprando mais e tenho aquele hábito terrível (nem tanto) de julgar tudo pela capa. Normal. Acho. Quem não gosta de um livrinho bonito mas ordinário enfeitando a mesa da sala?

* O livro acima eu ganhei de presente. E quem me deu também julgou pela capa. Só pela capa, aliás. A da frente trazia a palavra "Bands". Check. A parte de trás (que vem com um elastiquinho tipo moleskine) trazia uma lista grande de "bandas indies que tinham a minha cara". Check. Juntando 2 + 2, como me confessou o cara do presente, parecia um presente mais que óbvio. Fiquei feliz. E um tanto intrigada por ser óbvia demais.

* Ok, ao livro. Ele ultrapassou todos da lista e resolvi ler naquele dia mesmo. Trata-se de uma coletânea de 304 desenhos feitos por bandas indie em turnê. Um moleskine público on the road. Rabiscos e desenhos em aquarela, giz de cera, caneta Bic, lápis preto...

Puro Ecstasy, by Noel Gallagher em Ibiza

* Cada banda foi convidada a botar no papel, em forma de desenho, qualquer coisa que sentisse ou visse durante uma turnê.

A Vista da Pick-up, by Belle & Sebastian

* Podia ser uma memória de infância (como o desenho horrível do Guy Berryman do Coldplay, sobre o dia em que ele se perdeu no Pompidou), uma cena da balada ou dos bastidores, uma lembrança bizarra (o Brendan Benson desenhou as vitrines humanas do Red Light District em Amsterdam, durante turnê dos Raconteurs), sonhos (o mais comum), ficção (como a que acompanha a pintura em aquarela do British Sea Power) e devaneios sem noção, claro, como o desenho-roteiro do doido do Pete Doherty.

Devaneios de Pete Doherty

* Cada desenho vem com uma pequena caption para atiçar a imaginação, e no final do livro você encontra as histórias de cada um deles contadas por quem desenhou. A quem interessar, coloquei aqui uns trechos do textinho do Pete Doherty, tentando explicar mais ou menos o que ele desenhou. Vê se dá para acreditar numa história mirabolante como essa:

As aventuras de Doherty em uma favela russa:


---> "(...) Quando eu era desempregado em Londres e vivia sem dinheiro algum, eu era tipo um poeta. O Governo mandava jovens desempregados e alguns artistas para Moscou, e foi assim que eu fui escrever poemas na Rússia.(...) Um diretor me levou para as favelas de Moscou e eu me lembro de ter passado quatro dias por lá. Ninguém falava inglês e eu não falava russo. Eles costumavam passear pelas florestas escuras, e foi isso que eu desenhei. Todo tipo de coisa estranha acontecia por lá... (...) Fizemos um filminho, bem dark na verdade, e no filme eu tinha que fingir que estuprava uma garota, que era atriz. Bem estranho, mas eu me apaixonei mesmo assim e morei com ela por 4 dias.

Quando eu decidi voltar a Moscou (...) ela enlouqueceu. Ela me amarrou e me trancou num quarto. (...) Eu consegui fugir (...) , voltei para Moscou e foi então que eu descobri o submundo russo fodido e os guetos de droga da Máfia, foi demais. (...) Não saber onde eu iria ficar, ou o que iria fazer... só com minha guitarra nas costas e uma capa comprida. Tudo era uma questão de sobrevivência. Não havia limites, tudo era possível, tudo podia acontecer e aconteceu."<---

* Também no final do livro (o prefácio é do Maximo Park), uma lista de todas as bandas que participaram, com uma mini-bio:



* Não é um presentão? A lista de bandas é grande! Tem Bloc Party, Interpol, The Killers, Kaiser Chiefs, Franz Ferdinand... não vou colocar todas para não estragar a surpresa.

---> Para Comprar:

[ @ Amazon ]

[ @ Livaria da Vila ] (o presente veio de lá, mas acabei de entrar no site e não achei!)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Blame It On Slow Blogging, pípol!

Foto Minha, Livro Alheio

* Feliz 2009, Brasil-il-il! O ano começou hoje. Vários kilos a mais, reais a menos, livros empilhados no chão, mala pra desfazer, nenhuma marca de biquini, feeds atolados, um Mac novinho pronto para ser explorado, etc.

* Queria poder dizer que virei praticante full-time do movimento slow blogging, mas é pura mentira. E vamos combinar que esse papo de "slow blogging" é papo de preguiçoso, hein. Também adoro posts 'com qualidade', mas uma coisa não exclui a outra. Que o diga a Dona Daniela Arrais, que manda bem na quantidade com muita qualidade.

* Eu acordei um dia e cansei de escrever. Cansei não é a desculpa certa, já que enchi um caderninho todo de anotações "pro blog" que não vingaram. Eu culpo o Goggle Reader, essa ferramenta quase do mal que rouba horas e mais horas do meu dia. E também porque depois das maravilhas do twitter e depois de 1200 feeds diários você se dá conta de que todo mundo fala sobre a mesma coisa, logo, escreve sobre a mesma coisa. E de repente ficou muuuito mais legal saber o que os outros pensam, e deu aquela preguiça danada de dizer o que eu penso. Até porque só eu me importo com isso mesmo. =))

* Preguiça de lado, mas ainda com uma falta de assunto vergonhosa, decidi voltar aos poucos. Beeem aos poucos. Devo avisar que, antes de sentar para escrever esse mini-fake-post (ainda fora das novas regras ortográficas), fiz questão de ler os feeds "de férias" um a um. E quanta receita favoritada (thanx, meninas do Frango!) e links para sites legais e textos imperdíveis... Valeu o esforço e a dor nas costas. Até puxão de orelha da Juliana-Azar-O-Seu eu levei (funcionou!). E gente... o Matias não tira férias, não?

* Um sensacional 2009 (a.k.a.: com saúde pra toda família, dindim de sobra para festivais internacionais e com projetos que finalmente vão sair do papel) para a galere!