* O post nem é sobre a banda (do Japão, baseada em Londres), mas sobre essa resenha que me fez querer ouvir a banda. Só consegui ouvir duas músicas inteiras, acho que não estou no clima para um "krautcore" hoje. =)
* Aliás, "krautcore" foi o termo usado na tal resenha escrita pelo Paul Lesser, do Guardian, no ano passado.
* Trechos do texto abaixo:
"Can meets Kraftwerk, Faust meets Fugazi"
+
"Four skinny Japanese dudes based in London who sport chest-length black hair, psychedelic smocks and loon pants but leave their socks off onstage"
+
"jazzed-up acid punk"
+
"touted as the best live band around"
+
"Makes Yoshimi want to battle some more pink robots."HAHA
+
"like Yoko Ono throwing a particularly bad hissy fit at John Lennon. "
=
* JE-SUS.
* RESUMINDO: o Japão, mesmo em Londres, é um país muito louco, não gente?
* Eu tinha me esquecido dela, mas essa música pulou no shuffle como quem não quer nada, e foi direto pro repeat. =) Nos-tal-gi-a. Tentei achar um vídeo e acabei nesse aqui, ao vivo. Não tem como não amar o YouTube! Pula direto para o 2:14:
David Bowie I Love You Since I Was Six - Brian Jonestown Massacre
* Do disco Take It from the Man!, de 1996. O vídeo foi postado só há duas semanas, mas o show é de 2001!
* Linda. Em nome do teu amor-desde-a-infância-pelo-David-Bowie, se você não tiver aí, baixa agora mesmo:
* Imagina o trabalho que deve ter dado isso! O Rodrigo Salem, do blog SHUFFLE (e da Contigo!, da Rolling Stone, Bravo, etc), pediu a 21 pessoas que fizessem uma MixTape com as melhores músicas de 2010 -> 12 músicas + 1 segredo.
* Achei melhor escolher não só as músicas que mais ouvi no ano, mas também, as que 'fariam sentido' numa mixtape. Nóia pura. Isto é, ficaram de fora todos os folk, os progressivos, os psicodélicos e as chorosas que adorei ouvir em 2010 (bye bye: Badly Drawn Boy, Deerhunter, Yuck e Tame Impala, por exemplo).
1- Let the record go - The Mynabirds 2- Blood on my hands - The Splinters 3- When I'm with you - Best Coast 4- Wasting Time - Reading Rainbow 5- I want the world to stop - Belle & Sebastian 6- Constellation - Darwin Deez 7- I Can Change - LCD Soundsystem 8- Ready to Start - Arcade Fire 9- Bloodbuzz Ohio - The National 10- Undertow - Warpaint 11- Something Good Can Work - Two Door Cinema Club 12- Time of my life - Patrick Wolf 13- * SEGREDO *
>> Tem muita gente legal com gosto muito esquisito (eba!) na lista. Ou seja, você tem 21 MixTapes para baixar agora, CORRA:
Belle & Sebastian - ensaio para a capa do disco "I'm Waking Up To Us"
>> Noite Fofura de Indie-Tra-Lá-Lá no Via Funchal! Não dá para perder. Não dá!
>> Torcendo para que eles continuem tocando "três ou quatro músicas" do If You're Feeling Sinister.
>> E triste porque eles nunca tocam "a da Bean Jean", do ótimo "Dog On Wheels" e de onde roubei o "nick" que acabou virando apelido:
(*vídeo não oficial, só para ilustrar)
>> Lá na Popload tem uma "investigação" do blogueiro Gabriel sobre o setlist dos últimos shows da banda. Dá uma olhada no que pode rolar no show de hoje: Um Estudo sobre o B&S
>> O vídeo mais fino do B&S e a minha preferida do disco novo, "I Want The World To Stop":
>> O textinho rápido feito na madrugada, lá pra POPLOAD:
“Com o som baixo e nada equalizado do Via Funchal (alguém conseguia ouvir as cordas??), o show foi mesmo dos cinco mil empolgados da pista. Não havia lado B que eles não cantassem, ou música lenta que eles não tentassem dançar. Sem contar as palmas descoordenadas e uhuuus exagerados a cada acorde.
A banda foi pontual (o que em São Paulo significa que ainda havia gente na fila de ingressos quando a banda entrou) e começou com a primeira música do disco novo, “I Didn’t See It Coming”. E foi com “Fox In the Snow” que a banda iniciou a sequência de hits, bem quando o som ensaiou uma melhorada. “Ensaiou”, porque ninguém parecia mais se importar com isso, e o público já cantava mais alto que a banda.
"The Boy with the Arab Strap” fez a alegria dos indies nostálgicos, aqueles que faziam tchururu na pista sem vergonha. O show se sustenta muito no carisma (e na dancinha desajeitada) do Stuart Murdoch: arremessou bolas autografadas, pediu para ser maquiado pelo público, soltou as manjadas frases em português e chamou um grupinho para dançar no palco – devidamente premiado com medalhas. E, para desespero dos seguranças, o vocalista ainda atravessou a área VIP e se equilibrou no cercadinho para cantar para a área “dos comuns”.
Mas, seria injusto dizer que foi só isso… B&S ainda é a banda das melodias perfeitas. E das histórias fofas & boas de cantar. E quem estava ali e saiu do Via Funchal um pouco mais feliz se apoiou nessas lembranças. O Circo Voador que se prepare. Com uma recomendação: indicado somente para quem acredita que dá para envelhecer sem perder a ternura.”
* Preciso arquivar isso aqui: "I'm new here" em versão folk, mas com voz blueseira (como ninguém pensou nisso antes?) x a original do SMOG. Duas vozes (graves) parecidas, mas interpretações bem diferentes. A.do.ro essa música.
Só essa frase (somada ao título do post) vale pela música inteira:
"No matter how far wrong you've gone, you can always turn around"
* Vi no site oficial do Gil Scott-Heron que na FADER de fevereiro saiu uma matéria grande com ele. Na matéria, o repórter diz que ele tem essa voz tão grave porque tem o "maior pomo-de-Adão (aka, gogó) do mundo". Vivendo e aprendendo. =)
* "I'm New Here" é também o nome do novo CD do Scott-Heron.
ps: Em relação ao título do post, o cara da música ouve essa frase de uma menina no bar depois de uma cantada mal sucedida: "Você tem um ego do tamanho do Texas!". A resposta dele para ela é ainda melhor: "I’m new here, and I forget, does that mean big or small?"=))
>> 31 anos (em junho) depois do lançamento do disco "Unknown Pleasures", e 30 anos (completados hoje) depois da morte do Ian Curtis, olha só no que deu:
>>CLIQUEM NAS FOTOS PARA OS CRÉDITOS*// *Por "crédito" entendam "de onde tirei essa foto", ok? Linkei todas as fotos diretamente para o site onde elas estavam hospedadas. // As fotos que saíram do Tumblr passeiam por lá sem qualquer identificação, data, origem, etc. // Não descobri de onde veio o Unknown Pleasures Erectus... You know what I mean.
>> Fugindo do "Unknown Pleasures", mas ainda falando de Joy Division, claro, duas interpretações para a música "Love Will Tear Us Apart". Uma poética. A outra, vocês decidem:
* Eu ia falar das bandas aqui e colocar vídeos, mas a idéia é que vocês visitem o site mesmo! =) Ele ficou lindo e tudo o que vocês precisam saber sobre o festival está lá. Além de entrevistas exclusivas (via Coachella)!
* O poster (e consequentemente, background do site) é mais uma obra-prima da Dani Hasse, uma das designers/ilustradoras mais talentosas que conheço.
Se você visitar o Flickr dela (clica aí no nome), vai querer pendurar tudo em casa! Cores suaves, traços bem femininos, detalhes fofos e muita criatividade. A alma indie por natureza ajuda: o gosto musical da designer influencia diretamente em tudo o que ela faz. Se você se apaixonou por algum poster de balada/show ultimamente, pode checar: vai ser dela.
>> Leiam com bastante atenção e depois vejam o vídeo. NESTA ORDEM.
Nick Cave:"Fucking Hell. Foi feito em um tomada só. Nada ali foi ensaiado. Nós não nos conhecíamos muito bem e tudo aconteceu enquanto fazíamos o vídeo. Há um certo constrangimento no começo, e depois foi tipo... 'uau'..."
Guardian: "Então vocês estavam começando o relacionamento com esse vídeo de 3 minutos?"
Nick Cave: "Yeah, exactly."
>> Não seria lindo se a gente pudesse ter um vídeo com aquele exato momento quando tudo começou?
* Com o Nick Cave e com a PJ Harvey foi bem assim:
* Eu quero morrer nos primeiros minutos desse vídeo com a historinha acima na cabeça. PJ, WE LOVE YOU.
* As frases que abrem o post são de uma matéria de 2008 sobre os 50 anos do Nick Cave.
* Adoro quando, durante a entrevista, a repórter quer saber mais sobre o relacionamento dele com a brasileira Viviane Carneiro (com quem ele estava casado - morando no Brasil - quando se apaixonou pela PJ bem ali, acima) e sobre os 2 filhos dele de 18 anos que NÃO são gêmeos, etc. Ele responde:
"Google it, you fucker. Google it!"
--> Voltando:
>> Como todo mundo sabe, apesar do começo muy romantico, o casal não durou muito. Mas, a relação deu nisso: o disco The Boatman's Call (1997), que é sobre esse momento de novo-amor > separação do antigo-amor > coração partido pelo novo-amor. O ciclo da vida, né, minha gente.
>> Ou seja, não basta ter uma captação em vídeo de como tudo começou. Uma captação em áudio de como tudo terminou também seria incrível. Mesmo que alguns relacionamentos mereçam uma trilha final de três acordes e muita gritaria.
>> O registro final do Nick ficou assim (em descrição da revista Weekend, do Guardian): "One of the most nakedly romantic & desolate records ever made".
* Abaixo, aquela versão mais linda da Cat Power, do disco "What Would the Community Think", em um vídeo (é fan-made) tão sufocante que achei perfeito para a ocasião:
Cat Power - Bathysphere - 1996
* E depois, o próprio Bill Callahan e um mullet poderoso em momento flying solo. Percebam como ele acabou adotando a versão da Cat Power:
Bill Callahan & Mullet - Bathysphere - 2009
When I was seven my father said to me, "But you can't swim." And I've never dreamed of the sea again.
>> Quem ganha?
--> Please:
Para ouvir a original, diretamente do álbum "Wild Love", de 1995:
* Quando peguei a FILTER (de março, última foto deste post) lembrei que eu tinha outras revistas antigas com o Beck na capa. Com a MESMA cara de sempre. Com cabelo comprido, ou com visual caipira, depois folk, depois moderno, depois hippie... mas sempre com aquele olhar de quem levou um susto com o flash.
* Ou com um sorriso Monalisa. Ou aquela cara de quem acabou de acordar e penteou o cabelo com a mão. Ou fazendo cara de irmão mais velho do Michael Cera... Alguém já viu os dentes do Beck? Eu não.
* Ele está quase entrando naquela categoria Keanu Reeves de homem Highlander. Não muda e está envelhecendo muito bem. Concordam, meninas?
* Retrospectiva Beck, dos 26 aos 39 anos (Quarentão em julho):
* Lindas as dez capas comemorativas da nova e reformulada NME! Achei que a revista perdeu aquela cara de tablóide e de "revista Contigo indie" e acabou ficando igual a todas as revistas americanas de música: um ar careta, sério, "adulto".
*Não que isso seja ruim (principalmente se as matérias melhorarem), mas aquela bagunça generalizada e despretensiosa vai fazer falta.
* Como ainda não vimos o conteúdo, ficamos com as capas mesmo. A do Jack White e a do James Murphy são para colecionar:
* Fico muito chocada com a cara-de-pau desse Seu Jorge. Não basta ser desafinado, fazer dueto com a Ana Carolina, versos para gatinhas de condomínio e ainda fazer versões horripilantes de David Bowie (lembram que ele botou um "Meu instinto não falha, Nega, abaixe essa saia" em "Ziggy Stardust"? EU NUNCA ESQUECEREI). Não: ele precisa botar aquela voz em tom de arroto para cantar Michael Jackson.
* Eu vi na CARAS. Eu vi fotinhos de globais aplaudindo. Vi o casal Hulk-Angélica recepcionando os convidados. Eu vi, mas não cri.
* E lá estava, esperando pelo meu search no YouTube: SEU JORGE CANTA MICHAEL JACKSON.
* A banda toda certinha, tocando super bem, backing vocal ensaiado, dancinha estilosa, uniforme de big band... Tudo isso pro cara se arrastar num show-cover como se estivesse se apresentando bêbado no karaokê da Mama, na Liberdade. Não dá para narrar, tem que ver:
Seu Jorge matando a Billie Jean
Seu Jorge arrotando Blame It on the Boogie
Seu Jorge tentando cantar Can You Feel It
* Aplausos para a banda "de apoio" que teve que abafar a voz do Seu Jorge nessa última. Quase que ele não chega ao final. Gente, o que é o discurso no meio da música??? Ele coloca a culpa toda no Hulk! BLAME IT ON THE HULKIE!!!!
* E a caixinha de número 6081 (são dez mil no total) é minha, Brasil-iiil!
* Investimento que vale muito e que mudou a cara do meu móvel branco da sala: são os dez primeiros singles da banda, com bônus tracks, "raridades", as capinhas originais e um poster que vai direto para a loja de molduras da Marquês de Itu. =))
* Um dia, um conhecido me mandou um e-mail com esse flyer acima. Eu sabia que ele compunha e cantava, mas nunca tinha ouvido nada. Na lista de convidados para o "evento misterioso" estavam amigos, conhecidos e pessoas ligadas à música direta e indiretamente. Umas 40 pessoas no máximo. Resolvemos ir, expectativa zero.
* Era um predinho fofo na Peixoto Gomide, três andares e sem elevador. Na porta, um caminhão de produção de filmagem. Lá dentro, só luz vermelha. O tal show seria no hall do prédio mesmo, e seria filmado no melhor estilo "La Blogotheque" da coisa. Já adorei.
* Pelos degraus dos três andares do predinho, alguém pacientemente colocou velas vermelhas e petiscos. Deu um climão romântico e deixou todas as fotos com "cara de arte":
* As pessoas assistiram ao show assim, atentas ao hall lá embaixo:
* A acústica era perfeita, e a visão era essa:
* Vitor Patalano, redator e agora também músico, é o cara do violão. E é O cara por trás do projeto Me & The Plant, ainda sem myspace, sem mp3, sem youtube, sem álbum. Ele pediu que levássemos câmeras e celulares. Depois mandou um email pedindo que todos o enviassem o material. E esse foi o jeito esperto (e especial) que ele escolheu para divulgar o que faz.
* A voz dele é linda e as músicas são tão intensas que você não sabe se chora ou se tenta disfarçar seguindo a letra. Tem um pouco de Leonard Cohen e de Nick Cave. De REM e de Tindersticks também. E além do cello e do violino que você vê na foto, um teremin e um piano nos esperavam lá em cima quando a performance foi até a sala da casa dele .
* Foi mais ou menos assim (o barulhinho ao fundo é de uma câmera descendo do último andar):
"How I Was Killed" - Me & The Plant
* O vídeo foi gentilmente cedido pelo Bruno Orsini porque a bateria da minha máquina acabou enquanto eu fotografava as pessoas da escada. Obrigada, Bruno!
* A revista do The New York Times fez uma matéria de quatro páginas com o Stuart Murdoch (aquele loirinho tímido e frágil por trás do Belle & Sebastian) e seu novo projeto, o God Help the Girl. São 6 cantoras diferentes, escolhidas em auditions, cantando sobre amores, sentimentos, doenças e o cotidiano, com o próprio B&S como banda de apoio. Ou seja: mais parece a mesma banda escocesa, mas com várias Isobel nos vocais.
* Eu não me canso do indie-la-la-la tchu-ru-ru, mas sei que o disco não vai agradar os que não aguentam mais esse tipo de chororô.
* Voltando à matéria do NYTimes, algumas coisas que eu não sabia sobre o Murdoch:
- ele tem 40 anos! Corpinho de 12.
- é casado com uma fã, fotógrafa de Boston, que foi falar com ele após um show nos EUA. - "He has a weakness for the ladies", vejam só... Eu sempre achei que ele fosse gay. - teve problemas sérios de saúde na adolescência e desde então é um "churchgoer", de cantar no coral da igreja e tudo. - teve anorexia - recebeu uma fan letter do produtor Barry Mendel (de “Rushmore” e do próximo filme do Judd Appatow, “Funny People”). O cara se empolgou com o roteiro indie-musical do Murdoch e as filmagens estão previstas para começarem no ano que vem.
* A banda não é uma banda propriamente, como ele explica na matéria. Ela surgiu para ser uma trilha ao roteiro que Murdoch vem escrevendo há aaanos para um musical, o "God Help The Girl". Selecionou as meninas, chamou os amigos para um backup, e só então ele percebeu que escrever música era muito mais fácil que escrever um roteiro.
* E foi assim que -e eu acho que isso é inédito, a trilha sonora de um filme saiu antes do próprio.
* O CD foi lançado na semana passada, mas as músicas já corriam a internet há um bom tempo. Abaixo, o vídeo para "Come Monday Night". O moço da história, apesar de ser quase uma versão britânica do Matheus Nachtergaele, é o mesmo cara que fez o papel de Bernard Sumner no filme Control:
* A parte mais bizarra da matéria, no entanto, vem logo no começo, quando o NYTimes explica didaticamente o que significa o termo "indie". Ainda precisa? Highlight para a parte que diz " música que não vende muito bem":
"Indie pop is literate, low-fidelity, oft-downbeat music that doesn’t sell very well and is usually distributed by undercapitalized independent record labels."
* A primeira foto é do NYT, mas as outras duas são do site oficial. Só tem foto linda lá. Outros links: