quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Manual Para Atropelar Cachorro

Hey! Hey!

O curta "Manual para Atropelar Cachorro" vai ser exibido HOJE no CINE SESC.

Horários: 16h e 18h.

Equipe que carrega 3 Kikitos Lindos: Rafael Primo, Pupu ma Sista, e Daniel Gaggini.

No elenco: Bárbara Paz, Zezé Polessa, Rafael Primo, Ary França, Rubens Ewald Filho,Tuna Dwek e Cynthia Falabella.

Leia sobre a história do filme aqui.

quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Considerações sobre Maneco

Pela primeira vez estou acompanhando uma novela. Sempre trabalhei à noite, e nunca tive o prazer de saber o que é terminar o sanduíche, sentar a bunda no sofá e esperar para tirar sarro da atuação "sobrancelhas levantadas" da Regina Duarte. Eu só não desenvolvi a habilidade de decorar nomes de personagens ainda, então Helena é Regina Duarte até que alguém me prove o contrário.

1- Não há nada mais irritante que a perfeição fake daquele casal Arósio e Celulari. As risadas que ela solta quando fala de Portinari ainda precisam ser explicadas. E o "mini-Tom Hanks" que acharam para ser filho dela? O menino não consegue decorar um "boa noite mamãe", tadinho.

2- A fotógrafa lá é a candidata a "Carrie Sex & the City", já que é a única realmente invejável da novela: carro esporte, rica, independente, tem um labrador e discute filosofia com ele, tem tatuagens, mora em uma vila cenográfica, é amante quando bem entende, Amélia quando quer, e participa de corpo presente de lua de mel de casais assanhados. Um luxo. A insistência em ficar com um cara mala, que tem o nariz do Michael Jackson, é casado, frustrado, com filho e mora fora há três anos não combina com essa personalidade dela, mas isso só o Labrador explica. Ela só precisa falar menos com o cachorro e mudar mais o corte de cabelo de 5 em 5 anos.

3- A família do Tarcísio Meira a gente pula porque ainda não consegui entender quem é filho de quem, quem é neto, quem é empregado, quem é cunhado, etc. Só sei que o papel da Daniele Winnits (é assim que escreve?) é mais fraco que o do Labrador marido da fotógrafa.

4- O núcleo "Plantão Médico" é de longe o mais chato. Muita gente boazinha e feliz. Adoro quando aparece a freira má. Para piorar, chamaram a Letícia Sabatella, que já foi casada com o Miro-de-codinome-Beija-Flor. Ela tem cara de coitada, sofredora, dá pena só de ver. Daí tem aquele ator César Grande, que agora só faz papel de namorado em novela. Tem a Regina Duarte, e eu sei fazer a cara dela muito bem, pena que vocês não podem ver agora. Mas é fácil: uma sobrancelha para cima, outra para baixo, bigodinho saltado e cabeça jogada para o lado. Essa expressão serve para todos os momentos: do parto ao gozo. Tem um médico que usa peruca de Sílvio Santos e batom rosa, ele parece estar dando em cima da Fotógrafa bem sucedida. Também tem a mulher que faz o papel de melhor amiga da Regina Duarte. Ela só dá conselhos.

5- O personagem de quem eu mais gostava, o do Calloni (tenho dificuldade também em lembrar como se escrevem esses sobrenomes estranhos dos atores) foi morto pelo Maneco. Perdeu toda a graça. Era a única pessoa dentro daquela casa com um senso de humor interessante. Morrer em acidente de carro depois de briga com o cônjuge é obrigatório, néam? Essa e a aquela da mulher grávida que sai rolando pela escada. Sempre tem.

6- O filho da Sandra de Sá deve vir a ter algum papel na novela, que eu ainda não descobri. Assim como o filho da Lucélia Santos, que por enquanto só teve duas falas: uma quando ele pediu para que lhe passasem o sal em um dos jantares na mesa gigante do Tarcísio Meira, e outra quando ele se ofereceu para dar uma carona à prima. "Eu passo aí e te pego" foi a frase que ele teve que decorar, e que o fez acordar às 5 da manhã, ir até o Projac, agüentar a risada da Arósio, fingir que estava falando ao telefone e pronto. Veremos qual será a fala de amanhã.

7- A trilha sonora dá sono, cuidado, não dá para ver essa novela deitada.

8- Alguém avisa a figurinista da Arósio que ela não está nos Anos 80? E que a maquiagem gótica (com lápis preto contornando os lábios) que colocaram nela hoje ficou pior do que qualquer capa da Nova que eu já vi?

9- Adoro o trabalho da direção de arte da novela. Se é para ser branco, TUDO vai ser branco. O apartamento do vizinho da menina que tem bulimia, por exemplo. Leia-se no roteiro: móveis antigos, empoeirados, com capas de lençóis, ambiente claro, muita luz, rapaz e rapariga vestidos de branco. Era um verdadeiro cenário de castelo abandonado de filme de terror. O menino, que fez aula de expressão 'sobrancelha' com a Duarte, parecia um fantasma, e a luz supostamente do sol que entrava pela janela era de cegar. Ele vai render muito assunto, porque promete ser o novo cigano Igor.

10- Eu adoro a mãe da Nanda, a Lilian Cabral. O melhor personagem da novela. Só paro de ler de verdade a revista quando ela aparece. "Minha filha só queria saber de Arrrrrrte! Foi morar fora e voltou de barriga cheia! Eu odeio Arrrrte!". Uma bruxa bem feita, bem real, que chora quando vê filme triste. Ela vai substituir o Calloni para mim. Agora as melhores tiradas ficam com ela. E ela não vê fantasma, ponto positivo, e enche o moleque chato de saco de gelo quando ele tem febre de 40 graus. São essas cenas que valem a pena, estou pouco me lixando para as discussões "do cotidiano"que o Maneco propõe. Até porque acaba a novela, as discussões acabam, e em dois meses, vamos ter a Arósio pagando de peitinho no horário das duas da tarde.

11- A Sônia Braga fazendo a zen em NY: que preguiça!
***UPDATE: me falaram que eu deixei a Xuxa Lopes de lado! Pois é, a ex-atriz pornô faz papel de "aluna de yoga". Ela e a Ana Botafogo são figurantes de luxo. E hoje eu vi que a Heleninha Alcóolatra Anônima entrou na novela. Alguém percebeu o biquinho de botox?

terça-feira, 29 de agosto de 2006

Busão

Categoria: "Coisas que só acontecem NO BRASIL e COMIGO."

Eu pego todos os dias o Eletrobus. Tranqüilo, sem barulho, vazio, sem fumaça. Uma beleza.

Hoje, de tão tranqüilo, o motorista resolveu inovar. Colocou um pouco de ação na nossa viagem.

Quando o ônibus parou na esquina da Rua Piauí com a Avenida Angélica (logo em frente à Praça Buenos Aires), o sinal fechou. Ele não teve dúvida. Abriu a porta do busão, SAIU com um cartão telefônico em mãos e...calmamente, fez uma ligação no orelhão da esquina.

JU-RO. E tenho três taxistas chocados como testemunhas.

Quando o papo dele apertou, e o sinal abriu e as buzinas começaram, vejam bem, a pegadinha do Malandro continua: o cobrador, agora ele, resolveu fazer sua parte.

O cobrador assumiu o ônibus, em uma atitude bem Sandra Bullock em "Velocidade Máxima", e cruzou a Avenida Angélica no gás enquanto nosso motorista se despedia de alguma amante na linha. Parando no ponto seguinte, justamente onde eu desço inclusive, vejo o motorista esbaforido vindo ao nosso encontro.

Pode? Não pode!

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

MC Jeremias!

Esse vídeo eu tive que roubar na cara dura da Marcela , mais conhecida pelo blog Capitu.

A entrevista já era triste de tão humilhante.
(Aquela do bêbado muy lôco com camiseta "Linkin Park" berrando: "se eu pudesse eu matava mil, porque sou cabra hómi")

Agora, virou FUNK!!! Jeremias, Jeremias, você não vai ter sossego tão cedo.

Funk do Jeremias

Rolling Stone x Pitchfork

Sem querer puxar tanto saco da WIRED, mas já puxando... Agora com um terço de revista lida, só precisava repetir que: vale a pena comprar essa edição (ou ler online).
Não só pela parte gráfica, mas por uma constatação interessante: eles afirmam com toda seriedade e convicção que o site preferido dos indies, o polêmico Pitchfork é a nova "Rolling Stone". O que a Wired chama de "Efeito Pitchfork".
E sabe que mais? Segundo a reportagem, várias revistas importantes de música se baseiam no Pitchfork para 'pautarem' suas entrevistas e matérias. Com um probleminha: só uma pequena parte da revista impressa pode seguir esse perfil. Por questões financeiras, claro, já que nada vai vender mais que uma capa com alguma nova banda EMO do momento. E é esse o segredo do site: não ter que se preocupar com vendagem. O público que entra ali várias vezes ao dia é justamente aquele que não acha o que comprar na banca!!!
Não dá mais para esperar uma revista sair com cinco resenhas enooooormes de discos que já estão disponíveis para download há meses. Discos que todos já ouviram e/ou baixaram, e os que não fizeram nem um nem outro já não têm o menor interesse no assunto. Ou com entrevistas que não tragam novidade, só blablabla.
O formato do site funciona: resenhas ácidas (eu acho todas bem pedantes, na verdade) e impiedosas, notas absurdas (todas quebradas! Pegando uma resenha recente, por exemplo, a coletânea do The Cure levou 6,9), notícia fresquinha o dia inteiro, e linguagem ao mesmo tempo formal e acessível. É o que qualquer revista de música vai ter que seguir daqui para frente.
E imagino que esse será o maior desafio da "RS" brasileira. Não só deixar a revista com uma cara moderna que dê vontade de levar para casa, mas trazer um conteúdo que já não tenha sido mastigado e regurgitado pelos milhares e ágeis blogs de música que existem por aí.

domingo, 27 de agosto de 2006

Tem que chover no sábado?

1- Chove muito, e depois de 40 minutos frustrantes na fila do Milo, voltei para casa.

2- Com essa história do post do Estiva, me lembrei daquele não-show da não-banda "I Love Miami" na primeira festa da Funhouse, lááá em 2003. "É polêmico Brasil!". Indie a-do-ra discutir tudo muito seriamente. Recebi até um "hate mail" hoje de alguma groupie do Sebá. Isso porque deixei bem claro que tinha achado o show interessante até certo ponto.


3- Comprei a WIRED de setembro, com uma capa pink do Beck. Foto caseira da revista que falei no post anterior, FILTER de 2005 e a desse mês. Mesma carinha de cachorro abandonado, mas os cabelos... A Wired está ótima, e tudo que está lá muito nos interessa: vários artigos sobre blogs e afins. Além da chamada "Bands are taking over" que faz você comprar a revista na hora. Dá para ler algumas coisa online, mas vale a pena comprar só pelo especial "renascimento da música", e pela matéria com o site-paraíso-indie Pitchfork!

4- A parte consum-Ista do dia foi bem engraçada. Tudo porque uma ida à FNAC para comprar ingressos nunca é uma ida à FNAC só para comprar ingressos. São duas horas de peregrinação por cds, e mais duas lendo revistas que não vamos comprar. Descobrimos um café que vende uma covardia de cheesecake com sorvete de creme e molho de framboesa, um desbunde, bem ao lado da pracinha que tem feirinha. E 600 calorias mais tarde, sofremos uma tentativa de assalto na esquina da Consolação com a Paulista. Demoramos a perceber que era um assalto, na verdade, e ainda fomos educadas com o moleque, que quase quebrou o vidro do carro de raiva. Tenso.

5- Tem uma versão disco da música "Young Folks" do Peter, Bjorn and John circulando por aí. Já ouviu? Posso mandar o mp3, não sei colocar aqui.

6- Momento inusitado do show do GRAM sexta-feira no Studio SP. Uma participação do Tato do Falamansa ("hahahaha mas eu tô rindo á toa!", néam?). Passado o susto, e alguns gritinhos de "Toca Calypso!" depois, ouvimos um "u-huuu" lá longe. Era essa mesmo: ele ia cantar, corajosamente, "Where's my mind?" do Pixies (dá para ouvir essa música no link). Medo! Mas o GRAM segurou tão bem a música, que o choque da voz fininha do Tato tentando fazer o Frank Black passou batido. Quer dizer, a gente dá um desconto. Foi arriscado: a média de idade na casa era de...17 anos, achei que ninguém fosse conhecer a música. O show foi lindo, do começo ao fim. Também teve Edgar MTV cantando/tocando Beatles e uma turma incansável de fãs. Uma idolatria que eu não via desde os Los Hermanos. E de sexta em sexta aquilo foi bombando de uma maneira, que no último show da temporada todo mundo cantava todas as músicas novas.

7- Vou ver o DVD do Donnie Darko . Esse site é bom, não? Só perde para o do filme Amnésia.

8- Eu acesso o blog dos "Savage Chickens" todos os dias. Sempre tem uma charge fofa de algo atual. Já até coloquei uma no post "Blogosfera" do Sampaist. Mas esse ganhou: "Snape's on a Plane", dá uma olhada.

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Estiva ia tão bem...

Vocês sabem que ontem teve show do misterioso Sebastião Estiva no Milo Garage.

A versão brasileira e 'tosca' do americano Sufjan Stevens é bem criativo. Ele já passou na frente do original e gravou 3 "estados": Tocantinoise, MassAcre e o último, Ama Zonas. Letras engraçadas, melodias um pouco entediantes, mas um auê sensacional.

Ele se recusava a dizer sua identidade, sua origem, não divulga foto, não queria saber de mídia.

Mas até Sebastião Estiva tem que aparecer. E aquele fenômeno de Internet (mais um!) topou fazer um show em São Paulo.

Até o dia da apresentação histórica já havia tanta especulação que ninguém mais sabia se ele existia de verdade. E se existisse, será que iria ao show? Estiva seria quantos?

E é claro que a bagunça foi generalizada e não deu para ouvir muita coisa.
Quase nada, na verdade, de tanta gritaria no microfone e barulho de martelo no azulejo.

Estiva era muitos, e todos os Estivas do palco não pareciam ter ensaiado juntos ao menos uma vez na vida. Ok, foi assim...ruim, e não vou conseguir definir exatamente.

Mas imagine Sonic Youth com Flaming Lips, porque era isso que parecia no começo. E que começo genial! Tinha tudo para ter continuado assim: barulhento, confuso, distorcido, quando todos ainda estavam ali na pilha de tocar. Impressionou de cara. Um "dadaísmo indie", como eles mesmos disseram. Depois de alguns minutos (15min), já era qualquer coisa. Como um "se vira nos 30" do Faustão. A graça foi perdendo a graça, o barulho foi ficando chato, a gritaria cada vez mais sem sentido, e Estiva morreu.

Algumas coisas deveriam ficar no limbo. Ou, ele(s) deveria(m) ter esperado mais uns 6 Estados para uma apresentação ao vivo. O mistério só iria aumentar. E a tolerância também.

Quer mais castigo? Ter que agüentar a discotecagem do ex-homem-Trama, agora mais conhecido como homem-Ídolos Miranda. O cara acha de tocar techno-brega como se o Milo fosse a última moda do largo da Batata. Pior é ver as pessoas dançando fingindo achar cool. Porque se aquilo estivesse tocando em qualquer boteco da Vila Madalena elas sairiam correndo.

Tô velha, e com muita preguiça de certas coisas.

Foto de um dos Estivas por Cax Nofre. Vou colocar as minhas no Fotolog mais tarde.

ps de atualização: disseram em um comentário aí que estou ácida (né, Lemp?hehe). Pelo contrário! Fui na maior boa vontade e fiquei lá até o último segundo! E o show foi ruim, sim, porque durou mais do que deveria. Mas não quer dizer que eu não tenha gostado. Esperava um show curto e grosso, mais original. Só isso. A parte "tô velha e com preguiça" se refere ao tecno-brega do Miranda, claro. :-)

Fechando Porta = Abrindo Janela

Semana bem confusa de coisas aparecendo por todos os lados.
Preciso começar a anotar quando essas fases acontecem, porque elas parecem vir a todo ano. Às vezes para o bem (na maioria das vezes) e às vezes para o mal.

Não acredito em Astrologia, não sou ligada nessas coisas de mapa astral e inferno astral, e sei lá mais o quê. Não sei meu ascendente até hoje e muito menos qual a utilidade dele. Não sei nem o signo dos meus pais, e quando me perguntam eu invento um logo, para cortar a conversa. Mas vou anotar direitinho quando essa fase de "oportunidades gritantes" acontece só para saber se há alguma coincidência astral.

Por falar nisso, Plutão, estamos com você, amigo! Não desista! Arrasada com a mudança na terminologia do Sistema Solar. Esse tipo de estudo deveria ser abafado. O que a gente tem a ver com isso? Deixem o coitado do planeta esquecido em paz...

Pois então, esse monte de porta que venho derrubando a soco. Já sou confusa por natureza. Indecisa então, é apelido. E agora, tendo que tomar uma decisão atrás da outra, nem sou eu mais. Uma versão quase fiel de mim.

terça-feira, 22 de agosto de 2006

Beck's back :-)

Não dá para cansar de Beck.
Não sei se todo mundo gosta de "Sea Change", mas eu ouço esse disco até hoje. E várias vezes.
Não é deprê. É lindo mesmo. Também gostei de "Guero", mas são completamente diferentes, não dá para comparar.
A revista FILTER fez um especial ótimo com ele uma vez (logo que "Guero" saiu). As resenhas da Filter são verdadeiras teses de final de curso, você sabe. O cara escreve 7 (sete!) páginas sobre o Beck (descontei as páginas de fotos!) com alguns pequenos trechos de entrevistas e disseca cada detalhe da vida dele.
O vocabulário é de resenha de literatura, de tão sério e compenetrado. Ele consegue traçar um paralelo da carreira do Beck com o atentado de 11 de setembro, por exemplo (!!!). O Beck antes 11/09 e o Beck depois.
E na entrevista gigante que vinha dentro, ele explicava de onde vinha tanta mistureba no som do cantor. Imagine o Beck sendo produto disso:
"um desistente do colégio aos 16 anos que vaga pelas ruas do centro de LA com suas guitarra nas costas, cercado por pessoas comendo tacos , ouvindo Kool Moe Dee nos guetos, “ranchero music” saindo dos carros com bandeiras mexicanas nos pára-choques. Filho de Bibbe Hansen, produto da cena de Andy Warhol, e que estreou em um de seus curtas aos 13 anos. Neto de Al Hansen, amigo íntimo de John e Yoko, que saía com todo mundo nos anos 60, que sugeriu o nome “Velvet Undergrond” ao empresário de Lou Reed e passou a vida a fazer esculturas eróticas de bitucas de cigarro ou restos de papel."
E sabe de onde saiu a música "Loser"? "Sempre fui um outsider. Sou o pior rapper que já ouvi, e essa é a idéia por trás de Loser. “Soy un perdidor” foi o que eu disse ao me ouvir cantando rap pela primeira vez."

Tem clipe novo, olha só. Muito bom.

Beck - Motorcade

Jack & Meg

O site dos Simpsons é uma outra delícia para desperdiçar mais horas não trabalhadas.

Adoros as cores fortes e o mapinha da cidade cheio de detalhes para a gente fuxicar.

Aguardando o episódio "Jazzy And The Pussycats", que vai ter a 'participação' de Jack & Meg White, do White Stripes.

O Bart, para competir com a Lisa, resolve virar um baterista de jazz.

E é aí que tudo começa. Pensando bem, não deve ser difícil fazer o Bart tocar melhor que a Meg...

Nessa fotinho de divulgação, uma Meg descalça e um Jack de calça justa de duas cores, um luxo de modelito. Com aquele cabelo quase-Michael-Jackson que ele insiste em usar e esse bigodinho ralo de bicheiro. Perfeito. Adoro o nerdzinho se empenhando no róque!

Dá para saber mais nesse site.

Kikitos na Família!

A irmã mais nova da família multimídia recebeu 3 Kikitos em Gramado pelo curta "Manual para atropelar cachorro".

Olha só:

O 34º Festival de Gramado de Cinema Brasileiro e Latino concedeu ao filme : " MANUAL PARA ATROPELAR CACHORRO", os seguintes prêmios:

1. PRÊMIO DA CRÍTICA – MELHOR CURTA METRAGEM BRASILEIRO
2. MELHOR FILME - JURI POPULAR
3. PRÊMIO CANAL BRASIL

Parece nada demais, mas eu sei o quanto esses meninos lutaram por isso. Noites e noites sem dormir, grana saindo de onde não tinha como, arrecadação, ajuda de amigos, lucro zero, caça a patrocínio, etc. Tanto trabalho para 20 minutos de história.

Mas são esses pequenos reconhecimentos que fazem tudo valer a pena, e dão o empurrão que faltava para que outros projetos saiam da gaveta.

A equipe (Pupu ma Sista, Rafael Primo e Daniel Gaggini) já finalizou outro curta esse ano ("Bosta de vaca") e tem um longa a caminho.

"Manual" conta a história de Mojo, um jovem solitário fanático por filmes, que trabalha numa pequena videolocadora de São Paulo e tem sonhos que nunca se concretizarão.

Depois de passar seus dias enfurnado num prédio, sem motivo aparente resolve extravasar seus impulsos reprimidos e relaxar o estresse atropelando cachorros vira-latas.

ok. Também abomino essa idéia de sair por aí atropelando qualquer coisa que se mova. Seja um rato ou um pombo piolhento. Mas aqui tem uma "outra leitura" para vira-lata que não vou contar para não soltar 'spoiler'.

Perceba o uso de "outra leitura", muito usado nesse meio intelectual. Se bem que eu prefiro os termos usados nas entrevistas do GNT Fashion, em época de SPFW: "nós brincamos com as cores e...", "nosso desfile remete a...", "nós flertamos muito com o...", "o homem da marca X é um homem que...".

Voltando. Não sei se haverá exibição aqui em SP de novo, mas sei que vai ter festinha de comemoração para arrecadar $$$ para o novo filho. Na festa vai dar para assistir, então chamamos todos.

No elenco: Bárbara Paz, Zezé Polessa, Rafael Primo, Ary França, Rubens Ewald Filho,Tuna Dwek e Cynthia Falabella.

A trilha é fofa, com músicas japonesas e tiradas de filmes antigos. A edição é moderna e rápida, e eles colocaram uns 'recortes' de cenas sobrepostas que dão uma cara de quadrinhos ao filme...

É isso. E eu fiquei bem feliz com meu Kikito de chocolate.

***ADENDO: atualizando o post. Deu no Estadão:

De volta aos curtas, a delicadeza e poesia de Esmir Filho e André Ristum foi atropelada, na quinta-feira, pela crueldade de Rafael Primo, com seu manual para matar cachorros.
Misturando gêneros e estilos, o filme trata de neuroses urbanas, contando a história desse sujeito reprimido que trabalha numa locadora e extravasa suas angústias por meio da violência, dirigida contra cães e cadelas, sendo estas as
próprias mulheres (iiiih, olha o spoiler no texto!).
O jogo é duro, mas foi interessante ver o Manual em meio a uma platéia de
jovens escolares, como fez o repórter, ontem de manhã.
Se não exatamente o tema, que pode ser definido, a grosso modo, como a desumanidade do mundo atual, a força audiovisual da obra de Primo encontrou eco no público jovem.
Luiz Carlos Merten
O ESTADO DE S.PAULO
19 de agosto
de 2006

sexta-feira, 18 de agosto de 2006

Elvis Está Muerto!

Pessoas! Agora tentando levar o blog novo pra frente, praticando o desapego ao blog antigo, etc. :-)

Fiz um post lá no Sampaist ontem sobre o aniversário de morte do Elvis. É engraçado como uma coisa puxa outra, um link leva a outro, e quando você se dá conta, um texto de 12 linhas vira um dossiê gigante. Eu preciso urgentemente a aprender a resumir as coisas.

A única coisa que eu tinha sobre o Elvis era a tal câmera 24 horas que fica na entrada na mansão, a GraceCam. De repente, achei um filme, um site, uma recompensa milionária, fui procurar a receita do sanduíche dele (que já foi assunto no outro blog!), achei um restaurante "temático" e assim foi indo.

E daí que o grande Jesus Los Pirata me manda essa preciosidade que é o novo vídeo da banda, cujo personagem principal é quem? O Elvis!!! Vivinho da silva, chegando em São Paulo em 1979 um tempo depois de ter forjado sua morte. A-do-rei. Eu já tinha a música, mas ela fez muito mais sentido agora. "Jesus é meu amigo e nada me faltará"! Foi ele quem me deu de presente a Lhasa de Sela, que acabou por contaminar (no bom sentido) o Itunes de todos os amigos, não posso me esquecer disso!

Clique aqui se você quiser ler esse post do Elvis e saber mais sobre o novo cd dos LosPi.

E agora que eu aprendi a colocar essas paradas de vídeo no blog, ninguém me segura.

LosPi Gospel


Se liga na frase: “Paul is dead, ahora John is dead, George también is dead, má Ringo no!!! Elvis está muerto, pero Jesus ressucitou!”

A Turminha

Eu tentei colocar esse vídeo aqui semanas atrás, mas não sabia mexer com essa parada de inserir clipe em blog direito.
A musiquinha mais fofa dos últimos tempos, "Young Folks" e o clipe mais perfeito.
Viciei de uma maneira que deixo no repeat por horas sem perceber.
Deu até saudade da faculdade, dos 20 anos, dos young folks e tals. :-)
Ah! Eu adoro a menina da bandinha no clipe que parece a Lulina pensando: "It's a hit!".
It IS a hit!



Para adicionar os suecos no MySpace: Peter, Bjorn & John
(a música Amsterdam também é bem legal, mas não tem a voz feminina.)

domingo, 13 de agosto de 2006

Cabelo de Algodão

Hoje faz exatamente um ano que meu avô faleceu. E eu não consegui me acostumar com essa ausência até agora. Ainda tenho a foto dele na minha mesa (Com um casaco de lã mesmo que no verão, na eterna posição joelhos cruzados, mãos entrelaçando as pernas, olhos fechados, sorriso no rosto.). E ainda procuro o rostinho dele na janela quando visito meus pais.
Ter acompanhado a morte dele de perto me chocou de um jeito, que hoje tenho que me esforçar de verdade para esquecer aquelas horas em que ele foi ficando cego de repente, e desesperado, gritava nossos nomes para ver se todo mundo estava ali ao seu lado.
Eu nunca tinha visto alguém morrer. Já tinha visto outros parentes mortos, mas não...morrendo. É assustador ver uma pessoa em plena consciência de que está morrendo. E que dali, não tem como fugir. Lembro que ele me agarrou com tanta força quando ouviu minha voz mas não conseguia me ver. Ele levou exatamente 40 minutos para ficar cego. E não conseguiu ver a tempo todas as pessoas que chegavam para visita-lo.
Meu vô sempre foi surdo, desde que eu era criança. Mas ouvia muito bem o que queria. E não perdia as conversas por conta disso. Era um famoso contador de histórias da cidade, e era exagerado e dramático, como toda a família. Forte, bebeu até os 95 anos, e nunca ficava doente. Era um avô metrossexual: vaidoso e galanteador. As mocinhas da padaria que o digam.
E para ele, aquele momento ali, sendo o centro das atenções mas involuntariamente, deve ter sido a pior despedida possível. E queria muito poder apagar essa imagem da cabeça.
O Natal já foi uma data que passou em branco. E hoje foi o primeiro Dia dos Pais sem o vozinho por perto. Sem a cervejinha gelada com bastante espuma no copo de requeijão. Depois, sem aquele cd da Orquestra Tabajara fazendo versões de Frank Sinatra que ele tinha que (tentar) ouvir todo santo dia.
Tem gente que diz que só damos valor a essas coisas quando elas nos deixam. Nesse caso não. Porque nós nos agarramos a essa rotina dele com uma força tão grande, que ela ainda é presente demais para ser vista com saudade. Porque não se foi propriamente.
E eu sei que por mais que eu tenha feito o dia do meu pai ter valido a pena hoje, um pedaço dele não estava aqui. E nenhum presente faz mais sentido.

sábado, 12 de agosto de 2006

Names on a Boat

Depois de muuuito ler sobre o tal "Snakes on a Plane", fiquei com isso na cabeça.
Sei tantos detalhes que eu estaria pronta a-go-ra para uma trívia.
Pergunte aí qualquer coisa sobre. E nem vi o filme. Nem sei se vou ver, na verdade.
Fiquei aqui rindo das paródias "Sharks on a Rollercoaster" e...."Bears on an Elevator".
Mas nem era isso o que eu ia dizer. Tive um sonho estranho. Sem cobras malditas.
Vi um barquinho de papel acelerando na corredeira de água suja que sai da construção aqui do lado.
Peguei e estava escrito isso aí nele "Names on a Boat", em inglês mesmo.
Desfiz o barquinho e li o que estava dentro:
". ana . o nome do gato é simba."
meda.

domingo, 6 de agosto de 2006

Divagações de um Sábado (quase Domingo) de Ressaca

1- Duas dicas de blogs bem bacanas para se distrair no trabalho:

***O "tour-blog a bordo" de um gringo acompanhando a turnê dos CSS . Nada que vá mudar sua vida, mas bem divertido. Dá para saber o que anda acontecendo no busão, como andam as paqueras, as bebedeiras, tem fotos dos shows, fotos diretamente da câmera do Diplo (quer ver o Diplo brincando no parquinho?), entrevistas nas gringas, e até o link para você fazer um lance e arrematar o Raio-X autografado do braço quebrado da Marina do Bonde do Rolê, veja só.

E tem gente disputando isso, te juro.

***Vocês conhecem o Matias? Aquele grandão onipresente, que tem cara de bravo? Mas é só a cara, viu? Então. Ele já faz um grande serviço de utilidade pública com o Trabalho Sujo. Agora ele inventou um tal de "blog jornalístico oral". Vai lá, Vida Fodona.

2- Eu disse em um post recente no Sampaist que Ramones salvava qualquer pista. Ontem tocou Ramones, todo mundo dançou e tal, mas quem salvou a noite foi outra 'banda'. Depois do (maravilhoso) show do GRAM no Studio SP ontem, os fãs alucinados queriam bem ir embora. Foi só o Sérgio falar 'boa noite' e grupinhos de pessoas já se viraram para a porta de saída. Mas foi aí que o .guab. lançou a infalível "Crazy" do Gnarls Barkley (é só clicar ali pra ouvir), e todo mundo voltou correndo. E nessa ele emendou a versão de "Just" do Mark Ronson para a música do Radiohead, e o povo desistiu de sair (se você nunca ouviu essa versão de "Just" é só clicar aqui também, recomendada). Foi ficando, ficando... E Crazy foi o Ramones da vez.

3- E por falar em GRAM e em StudioSP, e tals... Voltei a fazer as noites de rock . Toda sexta-feira! Mesmo formato, mas agora mais sólida e com mais gás. Time de primeira, sempre: uma banda (boa) por noite, e os dois DJs residentes (a chefia Lúcio Ribeiro e o .guab. ) Em agosto GRAM assume todas as sextas, e as noites de setembro coloco aqui depois. Hummm...vejo vocês lá, neam? Hey! Estamos escolhendo um nome novo para a festa. Vamos fazer uma enquete... Alguma sugestão? Noite de rock com nome em português, ok?

4- Não consigo mais parar de ouvir Devotchka . É tão bonito, tão diferente, suave e... difícil definir, mas só vale para quem curte Arcade Fire e Wandula. (Clique nos links e fique amigo desse povo no MySpace). E o Devotchka fez a trilha sonora do filme que estou contando os segundos pra ver, "Little Miss Sunshine". Veja o trailer que coisa mais fofa.

5- Fui. Bjo. Me liga! =)

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

Eu Era Assim...



Essa era a cara do antigo Trash It Up. Queria esse 'hominho' nessa página aqui, mas não sei fazer isso. Adoro a concentração dele ouvindo música e brincando com o vinil. Acho que ele dava uma cara moderna para o site. Além de ser visualmente mais alegre que esse aqui.

Mas já estou gostando da seriedade desse marrom. Combina com os meus 30 anos. :-)

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

UPDATE - Blogosfera

Um dos blogs citados na Revista Época como sendo o mais visitado do Brasil, é o da jornalista Rosana Hermann.

O seu esperto "Querido Leitor" é atualizado a todo momento. Sério, sem exagero: a TO-DO momento. Se ela está em reunião de pauta, ela manda um post COM foto pelo celular! Se lhe ocorre algo no banheiro, é de lá mesmo que a notícia vem.

Porque coisa boa não tem hora, néam?

E não é que essa blogueira famosa, pop-star, ultra-visitada e ultra-atarefada achou um tempinho para ler e falar sobre o Sampaist?

que orgulho minha gente! Adoramos a surpresa.


ps-retrospectiva: para quem não leu no Trash it Up antigo, Sampaist é um blog sobre a cidade de São Paulo. Filho mais novo da grande família gringa -Ist, é um espaço mantido por blogueiros da cidade e para a cidade. . .Lugares que visitamos, bandas que gostamos, shows que não vamos perder. Mas também, fotos inusitadas, críticas, personagens, agenda e tudo mais que a cidade oferece.

Entrem em "Quem somos" e conheçam a equipe. Vocês também podem selecionar os assuntos que preferem ler, na parte esquerda do blog, em "Categorias", e ainda comentar e sugerir tópicos para textos. É uma tentativa de traduzir a cidade através de posts, na visão de um grupo de pessoas totalmente diferentes entre si.

terça-feira, 1 de agosto de 2006

Enquanto isso...

Detalhes que fizeram o dia de hoje (ontem) passar mais rápido (as horas trabalhadas não contam):

1- Trecho de um episódio do South Park que foi postado pelo blog do Stereogum. Nele, o Stan inconformado com a porcaria que é o filme "A Paixão de Cristo" vai até a casa do Mel Gibson (que agora deu pra dar bafon) pedir o dinheiro que ele gastou no cinema de volta. A-do-ro a cena do Mel Gibson peludo e de cueca pedindo para ser chicoteado. Aquelas coisas absurdas que só o YouTube traz para você.

2- Ver na reprise da entrevista da dupla Sandy & Junior no programa da Marília Gabriela (GNT), que ela fez a melhor pergunta de todos os tempos ao Junior:

"As pessoas te chamam muito de Sandy&Junior?"

A resposta dele foi: "Chamam o tempo todo. Mas também sempre ouço falarem assim: olha o filho do Xitãozinho e Xororó!"

Eu já falei as duas coisas.

3- Ver a Wanessa Camargo cantando "Like a Prayer" da Madonna.

4- Saber que a Sandy-Nova-Versão xinga no trânsito e cozinha para o namorado.