* Ainda não entendi porque ninguém me disse que a sessão das 15h do Cinemark custa a-pe-nas R$ 4,00. Eu vivo reclamando aqui que gasto no mínimo 20 reais cada vez que vou ao cinema e de repente descubro essa. A promoção parece velha e acaba em junho. Ainda dá tempo de ver muito coisa até lá.
* Era para ser um post rápido, mas me empolgo. Notinhas sobre alguns filmes que vi na última semana:
"Pecados Inocentes"
* Pecados Inocentes ("Savage Grace"): filme tão pesado que até o Rubens Edwald Filho, que estava ao nosso lado, saiu mais branco que o de costume (um verdadeiro boneco de cera do Madame Tussaud). O melhor (ou pior, dependendo do ponto de vista) foi cair de paraquedas na sessão sem ter a menor noção do que se tratava. "Filmão da Julianne Moore" era tudo o que a gente tinha lido. Depois de um super hamburger no Ritz e antes de uma noite estranha no Milo, parecia perfeito. Se eu contar uma linha a mais que "mãe desenvolve estranha relação com filho" estraga. É verdade: tem incesto, tem pai desnaturado, mãe Norman-Bates-mode-on, riqueza aristocrata inglesa, ménage-à-trois, drogas, etc. Tudo bem encaixado e bem dirigido, mesmo com as cenas afetadas demais. Mas como fazer um filme de lordes ingleses sem ser afetado? =) Curiosidade: o que a gente não esperava era a "realidade" do filme. Só fui saber no dia seguinte, via Google mesmo, que a história é real e bem mais chocante. Depois de ver o filme, a leitura dessa entrada no Wikipedia é obrigatória.
"Sonho de Cassandra"
* Sonho de Cassandra (Cassandra's Dream): bem menos que Match Point, mas muito mais que Scoop. Eu adoro o tema "o-que-você-faria-por-dinheiro?", sempre saem bons roteiros dessa idéia. Muita gente odiou ("parado demais", "os sotaques são falsos e forçados", "a Londres de Allen é esquisita e deslocada", etc), mas eu adorei cada segundo do filme pelo trabalho perfeito da dupla Farell & McGregor (na verdade, achei o sotaque forçado bem charmoso).
* Finalmente descobri que o irlandês Collin Farrell é um ator de verdade. Nunca gostei dele e de nenhum filme em que ele tivesse trabalhado, mas não dá para sair da sessão achando que ele não seja aquele tosco atormentado. Virei quase-fã: isso vai depender da próxima bomba que ele topar fazer. Alguém viu algum filme dele que prestasse? Curiosidade: o filme quase não tem tomadas variadas, ficando tudo no mesmo plano (talvez por isso tenham achado lento e entediante). Farell disse em uma entrevista que ele fez mais takes para uma cena de Miami Vice que para esse filme todo (!!!). E se alguém quiser saber quem é Cassandra na Literatura Grega e quiser tentar achar algum paralelo nisso tudo, clique aqui.
"É Hoje" é um nome feio demais
* Superbad: Eu ainda não sei se amo ou se odeio Judd Apatow. Tanto em "Virgem de 40 anos" como em "Knocked Up", ele consegue criar os homens mais idiotas do universo. Pior, ele faz a gente acreditar que todos os homens são daquele jeito e que não tem para onde fugir. No "Virgem...", a única pessoa saudável - no sentido "dá para trocar um oi no elevador" - é o coitado do virgem de 40 anos. No "Knocked Up", é muito difícil engolir que um cara loser, cheio de minhocas na cabeça, feio, imaturo e porco consiga ficar com a "Izzy do Grey's Anatomy". Nem vamos comentar que é mais difícil ainda acreditar que ela, toda bem sucedida e inteligente, cairia nessa roubada. Mas eu sempre acabo assistindo - e até achando graça nele. Humor 15 anos, mas ok. Sem mais, para evitar mais vergonha alheia, só peguei Superbad no vídeo porque tinha o Michael Cera. E porque estou doente e não queria pensar muito. E que feio isso, mas adorei. Ri o filme inteiro. As piadas são as mesmas, a parte escatológica também, mas finalmente a idade dos personagens faz a diferença. Vontade de grudar na bochecha do Cera!
"Filho do Rambo"
* Son of Rambow: Este eu não vi, mas lendo um site gringo esses dias, cliquei em um banner sem querer e fui cair no site oficial desse filme infantil inglês. A trilha inundou o quarto e era "Close To Me" do The Cure. Na foto, um menininho vestido de Rambo, mas que na atual fase de bandas indie-hippies, me lembrou mesmo um dos carinhas do MGMT:
Dava para ser o vídeo de "Kids", do MGMT
* Acabou The Cure e veio Duran Duran e daí Siouxie. A trilha cool acaba por aí, aparantemente, mas o "coolness" continua nas fotos. Inglês é chique até para fazer figurino de filme infantil:
* Ele se passa no começo dos anos 80, mas com a combinação
calça skinny + lenço-de-deserto dava para ser uma turminha new-rave de hoje, não? Na história, o loirinho MGMT topa estrelar como "o filho do Rambo" em um filme caseiro feito pelo melhor amigo, depois de ver uma cópia pirata e enlouquecer com "First Blood". É dirigido por Garth Jennings (de “The Hitchhiker's Guide to the Galaxy”) e tem essa frase genial no poster:
"Faça de conta, não faça guerra". =)
* Já falei deles antes, mas vou repetir porque entraram em cartaz em SP:
Once (falei dele
aqui) é musical, é bobinho, é sobre o amor, mas não tem nada de piegas. Não é inesquecível, mas é sensível e perfeito para esse tempo horroroso. Já o
"Run, Fatboy, Run" - que aqui ganhou um nome ainda pior: "Maratona do Amor" - é uma das comédias mais sem graça que já vi. A trilha é cheia de indie-rock, mas é só.
Fujam!.