quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Separações

Eu tenho alguns probleminhas com filmes brasileiros, todo mundo sabe. Mas eu não desisto nunca, e continuo lá firme e forte -mesmo sem muita esperança- atrás de um roteirista brasileiro realmente criativo e moderno.

Eu fico esperando um outro Domingos de Oliveira aqui e ali. Mesmo que ele não seja tão criativo assim, e que seus filmes fiquem em cima do mesmo tema (relações humanas, homem x mulher) sempre.

É identificação, só isso. É essa a diferença. Desculpa se não consigo me emocionar, nem me chocar, nem mesmo sentir algo que não seja sono com Amarelo Manga, por exemplo.

Eu adoro ouvir a voz descontrolada e bêbada do Domingos de Oliveira, vomitando coisas sem parar. Ele é de verdade: é urbano, é paranóico, estressado, angustiado, desconfiado. Quase um paulistano profissional, não fosse pelo sotaque.

Bem, tudo isso porque domingo vai passar no GNT o filme "Separações". Uma discussão que começou em "Amores" (1996) e que quase termina aqui.

De novo: sexo, casamento, fidelidade, a droga da rotina, diferença de idade, etc. Eu gosto da maneira que ele resolveu contar tudo isso. Ele compara a separação a um doente terminal. E as fases que atravessamos quando nos separamos, seriam as fases pelas quais um doente terminal passa: negação, negociação, revolta e aceitação.

É lindo. E apesar do título pesado, a mensagem é positiva: separação também é amadurecimento e... união. Tem que ver para entender.

Domingão, GNT, 19h.

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