quarta-feira, 31 de outubro de 2007

No Metro: Halloween

* Enquanto isso, no metrô...



* Não dá para ver as asas pretas que ela usava, mas vale.

[ Foto by phonecam do Diggle ]

Carmina Burana @ Royal Albert Hall

* E enquanto vocês se jogavam no TIM Festival no sábado, eu dava continuidade ao meu projeto "Indie Erudito". Fui ver uma ópera pela primeira vez na vida, em um momento quase Julia Roberts em Pretty Woman. "Qua-se" porque não tinha Richard Gere nem colar de diamante, e eu nem chorei de emoção como manda o figurino.

* O cartaz do lado de fora do Royal Albert Hall dizia "MONUMENTAL", uma palavra que vou passar a usar com mais freqüência de agora em diante. Foi mesmo "monumental" e emocionante, apesar de conhecer só aquele trecho que a gente sabe bem qual é. A Ópera começa e termina com ele, ufa, porque não sei bem o que aconteceu no meio tempo. Eu me pegava viajando em pensamentos e fazendo filmes com aquela trilha dramática e só voltava do transe quando o coral de 400 (!!!) pessoas berrava novamente.



* Mudando de assunto:

* Eu quero saber do TIM Festival, povo, vamos lá, DESEMBUCHA! Eu já cansei de ler as resenhas "em cima do muro". Todo mundo achou a Bjork carnavalesca, mas emocionante (se fosse o Carlinhos Brown fazendo a mesma coisa tinha levado garrafa na cabeca, mas ok). Juliette Lewis foi clichê, mas divertiu. Spank Rock alegrou, mas fez confusão sonora. Arctic Monkeys foi rock certeiro, mas seco demais. Killers atrasou mas arrasou.

* Que passa? Quero saber a verdade!!! =)

domingo, 28 de outubro de 2007

ONCE: musical indie-fofo-folk


* Eu não costumo confiar em filmes "menino-encontra-menina" porque é sempre a mesma ladainha. Prefiro o tipo "menino-encontra-menina-e-dá-tudo-errado-no-final", como em Closer e Match Point.

* O filme irlandês ONCE (dirigido por John Carney), além de ser um romance é um musical. Eu odeio as duas coisas.

* Maaas, detalhe: é um musical folk. O "menino irlandês" e a "menina Tcheca" são os dois personagens centrais que formam um casal-não-casal de músicos talentosos e chorosos, uma mistura (musicalmente falando) entre Coldplay e Damien Rice.

* OK. Vamos combinar que a definição de folk se perdeu completamente no tempo, e que qualquer pessoa com uma idéia na cabeça e um violão na mão acha que faz "folk". Tem um pla-ne-ta separando Joni Mitchell de Wilco e de Devendra Banhart, mas dizem que é tudo "folk". Se Devendra é freak folk, vamos dizer que o filme seja "pop folk", apesar de eu achar que é tudo "pop romântico" e que os indies usam o termo "folk" só para dar uma glamourizada na coisa.

* As músicas são bem bonitas, mas a história fica por aí. A idéia foi mesmo fazer um disco visual, ou um vídeo-clipe de duas horas com 10 músicas. Pode parecer tortura, mas passa rápido e é fofo sem ser (muito) piegas. A música principal gruda na cabeça por semanas, o que comprova a idéia de que o "álbum visual" funciona muito mais que martelar uma música no rádio. Ela está abaixo.

Glen & Marketa - "Falling Slowly"



* Curiosidades que deixam "a vida" mais interessante que "a arte":

- Glen Hansard, que faz "o menino", era o guitarrista no filme "The Commitments". Ele é guitarrista e vocalista da banda The Frames, que já está no sexto CD e que depois do fime caiu nas graças do Bob Dylan. E do Steven Spielberg.
- Markéta Irglová, que faz "a menina", é uma menina prodígio que toca piano desde os sete e aprendeu a tocar guitarra sozinha aos 9. Ela conheceu Glen Hansard aos 13 anos, quando a banda dele foi tocar na República Tcheca. Eles ficaram impressionados com o talento da menina, a convidaram para tocar uma música no palco, e nunca se esqueceram dela.
- Seis anos depois, os dois estão juntos na vida real, gravaram um CD e vão excursionar pelo mundo. Ele aos 37 anos, ela aos 19. E serão felizes para sempre.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Islington: Zero Degrees, Rugby e a Leitoa Assassina

Zero Grau

* Em um pouco mais de dois meses aqui, já fiz de tudo um pouco. De corrida de cachorro a boliche indie. No final de semana resolvemos ficar pelo bairro e ver o que tinha de bom para se fazer aqui.

* Um dos teatros de dança mais famosos do mundo fica em Islington, o Sadler's Wells. Eu nunca fui a um espetáculo de danca na vida, mais por preconceito que por falta de oportunidade. Não estou falando de balé no municipal, ok, e sim de dança contemporânea. Acho chato mesmo. Não entendo a profundidade das histórias contadas por passos e não por imagens ou diálogos: me dá sono, eu viajo na trilha e esqueço da dança, e não suporto as conversinhas profundas e pseudo-intelectuais pós-show. Mas topei ver a "peça do ano" no "teatro do ano" com os "artistas do ano".


* Ainda falta muuuito para eu pegar detalhes de uma história sobre um conflito em uma viagem de comboio entre Bangkadesh e a Índia, que reflete "a busca do ponto de referência, do ponto “0”, do núcleo da vida, o ponto central entre os opostos como a vida/morte, claro/escuro, ordem/caos". Não teria entendido nada disso sem o release, claro. Mas acho que tive muita sorte de passar pela experiência com um espetáculo tão bonito e emocionante. O time ajuda: a peça é resultado de uma colaboração entre os artistas Akram Khan e Sidi Larbi (fiz a mesma cara de interrogação. São artistas provenientes de famílias islâmicas que moram em Londres), o escultor Antony Gormley (ele é o cara que cravou aquelas estátuas gigantes em uma praia de Liverpool) e o compositor Nitin Sawhney. As músicas indianas eram tocadas ao vivo por uma mini-orquestra que ficava atrás de uma tela transparente sob o palco. Lindo. Até para quem não é da turma. Obs: dei de cara com um dos pet shop boys (Neil Francis Tennant) na entrada.

Zero Degrees @ Sandler's Wells



* RUGBY: da profundidade das discussões islâmicas para a final da Copa do Mundo de Rugby, que parou a cidade por 80 minutos. Todos os pubs com telões e correria nos metrôs, aquela euforia de Copa do Mundo no Brasil que eu não consigo sentir nem em Copa do Mundo com final de Brasil x Argentina. Empolgação "zero grau" da minha parte, contando os minutos para aquilo acabar. Vitória da Africa do Sul e o pub nunca mais foi o mesmo. Para a minha analogia funcionar, tentei imaginar que a Argentina vencendo o Brasil aos 45s do segundo tempo. Ok, comecei a sentir um pouquinho da tristeza que se instalou no bar. Mas bem pouqinho.

* Para acabar a noite, resolvemos jantar e um amigo pediu um pedaço de "leitoa assada", que estava bem "crocante" segundo o menu. Além de ter perdido o jogo, ele também perdeu um dente. E o da frente:

One and a Half Teeth, by James

* Mesmo com um dente e meio, ele topou continuar a balada pelo bairro. Com os pubs fechados, achamos uma casa vermelha estranha, com licença para funcionar depois da meia noite. Bizarro. Banheiro misto sem espelhos, cavernas escuras, pessoas caretas tipo festa de firma e um DJ sem noção, estilo Grind-da-Lôca, que tocava EMF, Madonna e Gossip na seqüência. Show de horror. Para dar um clima cool ao lugar, um telão exibia fotos glam de Lou Reed, Iggy Pop e David Bowie. Socorro.

Algum lugar em Islington

domingo, 21 de outubro de 2007

Nos Jornais: Book of Rock & Pop


* O Observer sempre lança algum livrinho de bolso com trívias e curiosidades do rock. O último é esse acima, o "The Observer Book of Rock & Pop", com 112 páginas, que eu tive a paciência de ler durante a semana, entra uma horinha e outra no ônibus.

* O livro traz informações super batidas, mastigadas e regurgitadas por todas as revistas de música que a gente já leu na vida. Há também as resenhas do Guardian sobre discos clássicos, um apanhado das melhores capas de disco, das melhores frases, dos melhores shows e etc. NADA muito surpreendente. É na verdade, uma enciclopédia de bolso para quem começou a se interessar por música agora, e que não sabe a diferença entre Bob Marley e Michael Jackson.

* Algumas atualidades estão ali, claro: tem um capítulo para os EMOS e outro para os indies, tem a Lilly Allen e a Beth Ditto, uma homenagem legal ao John Peel e uma página sobre "cortes de cabelo do rock".

* A "new rave" não entrou no livrinho, mas a Lovefoxxx, sim. Ela está na página que fala sobre "Fashion Victims": os modelitos "mulher-gato" da Lovefoxxx são chamados de avant-garde.

* Eu gosto das informações mais bizarras, aquelas que a gente esquece dois segundos depois que lê e nunca lembra detalhes para contar aos amigos.

* Tipo essas:

- Os Melhores Títulos de Música Country de Todos os Tempos: Eu escolhi "Are You Drinking with Me, Jesus?" by Mojo Nixon; "You're the Reason Our Kids are Ugly" by Loretta Lynn; Did I Shave My Legs for This?" by Deana Carter (ela reclama que se depilou para o gatinho, mas ele prefere ver TV e beber cerveja); e a romântica "She Broke My Heart, So I Broke Her Jaw" by Rick Stanley.

- De onde as bandas tiraram seus nomes: essa página é a mais batida e sem noção. Até a revistinha da Cultura Inglesa nos anos 80 já trazia o porquê dos nomes U2, Led Zeppelin, Pink Floyd e Beatles. Mas eu não sabia do Buzzcocks, apesar de ser bem óbvio. O nome vem de uma expressão em inglês, "bus cock", que se refere à ereção que os homens têm sentados no ônibus "por causa da máquina movida à diesel" (!!!!!). Hã??? A culpa é do diesel.

- A Música Mais Ouvida no Mundo: essa eu também não sabia. Claro, a música mais ouvida no mundo é aquela musiquinha de abertura do Windows 95. Milhões e milhões de pessoas ouvem essa musiquinha várias vezes ao dia todos os dias. Ela tem apenas 3,25 segundos e foi criada por Brian Eno em 1995. Ele recebeu 35.000,00 libras pela mini-ópera, ou R$ 175.000,00. Quando recebeu o contato da agência, a carta pedia uma música que fosse "inspiradora, universal, otimista, futurista, sentimental e emotiva". No final da carta: "ah. ela deve ter 3,25 segundos". Os Rolling Stones acabaram ganhando 100 vezes mais que o Eno para ter a música "Start Me Up" usada nos comerciais do Windows.

Aos queridos fãs de Jared Leto

Segueeeei

* As meninas têm me avisado já há algum tempo, mas eu esqueci de comentar.

* Daí, fuçando as visitas ali no sitemeter, percebi que as buscas por Jared Leto continuavam em alta, mas um link em especial etava direcionando um povo para cá. Entrei e era uma comunidade dele no Orkut, que estava muito ofendida comigo e dizia assim: "entrem lá e xinguem o dono deste blog".

* O que é sempre divertido, na verdade, porque fã é uma espécie a ser estudada cuidadosamente.

* Não é hoje que a banda emo (é emo sim, parem de me contradizer seus chorões) do Jared se apresenta no Brasil???? Eeeee. Que festa de olhos borrados e chapinhas ao vento. Já até li aqui que a banda exigiu no camarim várias luvas de plástico. Medo.

* Para comemorar, mais uma seqüência de "hate comments" dos originais fãs do Jared, deixados neste post:

"o Jared eh lindo, viu?? Sua.. sua... cabeça de caqui"

* Detalhe: essa aqui abaixo escreveu "conserteza"

SEUS MANGOLÕES ELE NAUM EH EMO E nEM SE VESTE COMO UM EMO VCS NAUM SABEM DIFERENCIAR UM EMO CHINELÃO DE UM ROCKERO SUPER CHARMOSO . parem de falar besteras seus nooooobsss chinelões f.d.ps nós fãs o amamos e conserteza ele naum precisa de vcs para criticarem ele seus panacas

* Essa se fez de intelectual e terminou com um sermão:

"não serei frequentadora desse blog. Só comento aqui pra deixar bem claro uma coisa, com uma frase bem cliché: uma laranja podre [okay, as vezes muitas] acabam estragando o saco inteiro"


* Esse post antigo coleciona os comentários mais absurdos. Alguns novos:

"O Jared é o homem mais bonzao a face da terra. Como podem critica-lo? Se te metesses na tua vida ganhavas mais. Tu é k és falido e não vales nada. Se passasse por ti na rua partia-te a boca toda"

Fode-te . Ele e' todo bom

Pior é ser grunge! Lixo! N fale do q vc n sabe! respeito a sua opnião, mas é controversa!!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Come Together: Paul & Pete, Yoko & Beth

* A 50a edição da revista mensal de música do Observer (OMM) pediu para alguns artistas com mais de 60 anos que eles escolhessem alguém da "nova geração" para entrevistá-los.

* Sir Macca escolheu Pete Doherty, que precisou de uma licença especial da rehab para a ocasião.

* Já a Yoko, que também não é boba nem nada, escolheu a Beth Ditto.

* Espero que minha fotinho horrorosa dê ao menos uma vontadezinha de ler, porque as entrevistas ficaram engraçadas.

---> Para Ler:

[ Macca by Pete ]

[ Yoko by Beth ]

No Porn @ Poploaded 32

* Adoooro o No Porn, duo electro formado por Liana Padilha e Luca Lauri.

* Eles se apresentaram na edição 32 do Poploaded, passa lá pra ver/ouvir.

* Abaixo, a minha música preferida da dupla, "Baile de Peruas", que quando toquei no Milo muita gente veio perguntar o que era. Essa eu dedico para a minha irmã, que sabe cantar inteirinha. =)

No Porn: "Baile de Peruas" @ Poploaded Sessions



* O Augusto manda um recado sobre o "Baile de Peruas": "Essa música foi feita para a trilha de um desfile do André Lima! Tudo o que a Liana fala na música são frases de jornalistas de moda criticando o desfile anterior do André"

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Cowboys for fans only, Sexo na Galeria & Ian Curtis para madames

* A semana passou e eu nem senti, e acabei esquecendo de postar algumas coisas legais e outras nem tanto.

* E eu só fiquei sabendo no DOMINGO da polêmica Huck x Ferrez (em "texto marginal-chique", segundo a Folha). Tive que catar pedaços aqui e ali, mas acabei achando esse resumão ótimo. Se alguém tiver mais um texto legal (pode ser em blog) sobre isso, me manda o link por favor.

* Quarta-feira fui a um show recomendado para "fãs somente". Quando morei em Londres pela primeira vez, isso há oito anos, no sótão onde a gente morava tinha três cds. Neil Young acústico, The Best of The Cure e Cowboy Junkies (Trinity Session). Logo que voltei ao Brasil, comprei os 3 CDs, lógico, porque eles traziam lembranças estranhas. Adoro quando algumas músicas fazem isso.

Os irmãos Cowboy Junkies

* Justificativa dada, paguei algumas boas libras para ver Cowboy Junkies no projeto Don't Look Back. Para quem não sabe, é aquele projeto que traz uma banda e um disco clássico. A banda tem que tocar aquele disco na seqüência, com as músicas nas mesmas versões. Como o Trinity Sessions é o único disco bom do Cowboy Junkies, minhas outras desculpas para ter ido são: a nostalgia toda da coisa, o local do evento (o luxuoso Royal Albert Hall, um Municipal com cara da rainha da Inglaterra) e o convidado especial Ryan Adams, que tocou guitarra em todas as músicas, e cantou outras tantas. Juro que foi lindo. =)

* Quebrando as regras do projeto, a banda voltou para vários "bis", tocou músicas novas e Ryan Adams teve o seu momento. A música mais famosa da banda, se não for a única, é uma versão chorosa que eles fizeram para "Sweet Jane" do Lou Reed. Ela entrou na trilha do filme "Assassinos por Natureza" e está aqui. Ok, não se fala mais nisso.

* A exposição "proibida para menores" do Barbican foi que interessante. "Seduced: Art & Sex" é uma exposicão que traça a trajetória do sexo em obras de arte como livros proibidos, porcelanas, pergaminhos, filmes, fotos, estátuas e outras manifestacões artísticas através dos tempos.

Olha a Leda de olho no Cisne

* Eu adorei as fotos eróticas p&b dos anos 20, as porcelanas japonesas com gueixas insinuantes e as fotos ambíguas de frutas e objetos que lembram, bem, vocês conseguem imaginar. Pelo contexto e pela época, imagino o quanto essas obras chocaram, e isso sim faz sentido.

* Em ordem cronológica, você passa por todas as épocas, de A.C. aos dias de hoje, e por todas as modalidades sexuais, com fotos bem explícitas que "podem chocar e ofender". Essa plaquinha ficava na entrada. Aquela em neon cor-de-rosa também. Aquilo é arte, viu?

* Assim como as fotos bregas de sexo explícito da Cicciolina, no segundo andar. E também assim cono os slides com fotos de casais anônimos sendo felizes na cama, no chuveiro, na frente dos filhos, no sofá, na varanda... Para dar um clima de arte intelectual, os slides são projetados com uma trilha moderna e confusa, estilo Bjork. Talvez seja mesmo Bjork, porque a música foi me irritando aos poucos.

* Essa fase moderna da instalação, que inclui dois filminhos chatos mas considerados "cool" do Andy Warhol, é bem cansativa. Seguindo as "obras de arte" ali, dá a impressão que, qualquer foto de sexo com uma ambientação moderna e trilha ousada é arte. Eu só fiquei esperando aparecer em algum momento, o filminho da Paris Hilton. Não me surpreenderia nem um pouco.

* Semana passada também assisti ao Control, finalmente. Não quero falar muito do filme porque sei o quanto é chato. Apesar do ponto de vista do filme ser totalmente o da mulher traída e abandonada, adorei todos os momentos. Cada música que tocava estava no lugar certo, e era tão emocionante a ponto de você esquecer que, na verdade, a pertubação do Ian Curtis foi pouca - ou quase nada - explorada.

* Não vou falar mais nada. Só mais uma coisa: o Sam Riley, que faz o papel do Ian Curtis, está sensacional. Ele me lembrava tanto um amigo, que ate irritava. Para provar a ele que não estou mentindo, fotos dos dois, em posição parecida:

Sam Riley x Curtis

Ale Cuervo x Sam

* Ainda na onda do filme, fui ver uma exposição de fotos da banda em uma loja de madame. Só um cachecol na loja custava 86 libras. Façam as contas.

* São mais de 40 fotos do fotógrafo Pierre René-Worms tiradas em um único dia, 18 de dezembro de 1979, data de um show deles em Paris. É absurdo ver essas imagens depois do filme. A caracterização da banda (figurino, inclusive) está perfeita. O Peter Hook é igual!!!

* Para quem tiver tempo, esse artigo escrito pela Natalie Curtis, filha do Ian, está ótimo. Ela dá a sua visão do filme, fala sobre a banda e conta histórias ótimas do Tony Wilson. Ela é figurante no filme e é quem grita "fuck off" na cena em que colocam um maluco para cantar no lugar do Ian. =)

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Mark Ronson: Cover Boy

Olha a empolgação para a foto

* Essa vai para a Flávia Durante porque assim que abri o jornal lembrei dela.

* Post atrasado (tirar foto de capa de revista é o fim. Porque o Guardian não coloca uma fotinho decente da revista pra gente roubar???) porque fiquei enrolando para achar a capa no Google e para variar tive que usar a minha máquina mesmo.

* A Flávia implorou para alguém achar um defeito no Mark Ronson. Lendo esse perfil gigantesco que saiu no domingo, com um dos melhores textos que já li sobre ele, dá mais raiva ainda. Atenção, achem um defeito no Mark Ronson já!!!

* Não por ele vir de uma família tradicional e milionária de NY. Nem por ele ter virado uma criancinha rebelde e ter fugido de casa (indo morar com o melhor amigo Sean Lennon e com os pais dele). Nem por ele ter os padrinhos mais cool do planeta. Ou por ter feito Tom Cruise e Kate Holmes dançarem indie-rock no casamento. Nada disso, imagina. O cara ainda se diverte e ganha muito pra isso. E é bonito, se veste bem, é inteligente, sensível e tem problemas de auto-estima (ele fica arrasado quando o repórter conta que os Arctic Monkeys não gostam dele).

* Vale a pena ler o artigo inteiro, mesmo que enorme. Várias lendas urbanas sobre ele são desvendadas. Por exemplo: mesmo que o Google insista em dizer o contrário, NÃO, o pai dele NÃO é o tal guitarrista do Bowie (Mick Ronson, em "Spiders From Mars").

Q in the Loo

ps: ontem o Mark Ronson estava em todos os jornais. Ele conseguiu "esquecer" em um banheiro de um barzinho em SOHO o prêmio da revista "Q" que ele pegou para a amiga Amy Winehouse. Aqui. Um jornal trazia até a foto da faxineira do bar segurando o prêmio de "melhor álbum" da Amy. =)

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Nigella: Saindo do Forno

Marmitex

* Para provar que não estou exagerando, olha quem está na revista Esquire deste mês!!! Isso, a Nigella. Pronta para ir ao forno enrolada em papel alumínio. A coisa toda dá margem para várias piadinhas, mas os meninos fazem isso pela gente.

* Na revista que tem o Kaka (ele mesmo) na capa, ela tem que mostrar que além de todos esses dotes acima e mais aqueles que a gente já conhece, ela ainda curte um joguinho de futebol, cinta-liga e homens peludos.

* Não dá meeesmo para competir com ela. =)

obs: quando a edição estiver disponível online eu linko a entrevista.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Bowl & Sebastian @ Bloomsbury Lanes

...nesta data querida...

* Resolvi fazer a minha festinha de aniversário em um lugar bem inusitado em Bloomsbury: um boliche indie.


* O lugar parece um barzinho de faculdade decadente, com carpete rasgado e papel de parede descascando. Tem mesa de sinuca, uma salinha de karaokê, uma mini-sala de de cinema logo na entrada passando filme p&b, e o boliche, claro. Mas o que importa, principalmente para uma pessoa como eu que não joga absolutamente nada, é o palco que fica ao lado das pistas de boliche. Várias bandinhas se revezam ali em noites "temáticas".


* Por sorte, e por uma coincidência muuuito estranha, no dia do meu aniversário a noite era dedicada ao Belle & Sebastian (para quem não sabe, "Bean Jean" foi roubado de uma música deles). Todas as bandas só podiam tocar músicas do Belle & Sebastian, tinha "quiz" nos intervalos (putz, deveria ter me inscrito!) e um karaokê improvisado no palquinho com músicas do grupo.


*Acho que todos os indies "old-school" de Londres estavam lá naquele dia.


* Monica Queen, que faz o vocal principal em "Lazy Line Painter Jane", tocou com a banda folk dela. Foi um show bem bonito, naquele clima "lalalala" de bater palminha. Filmei um trecho da música, que eu considero uma das melhores do B&S. Esperem alguns segundos de vídeo até aparecer o povo jogando boliche AO LADO do palco:

Monica Queen - "Lazy Line Painter Jane" (B&S)



* A-do-rei, e foi um dos aniversários mais indies divertidos que tive. As fotinhos estão no Flickr.

domingo, 7 de outubro de 2007

Nigella Lies To Us - parte II

* Assim fica difícil defender a Nigella. A cada semana os jornais publicam alguma revelação "bombástica" sobre essa nova temporada do programa.

* Além de ter usado tinta para fazer um tiramisu, agora foi revelado que, poxa vida, ela mente pra gente fingindo que aquela cozinha maravilhosa é dela! Aquilo é estúdio, gente, hello?

* E tem mais: a proposta do programa Nigella Xpress era justamente mostrar "receitas que ela faz em casa quando está sem tempo", certo? Mais ou menos. Ela tem uma equipe e duas produtoras que testam e inventam receitas, ajudam no preparo e fazem "pesquisas de campo".

* Mais: sabe aquele ônibus que ela pega para fazer compras no centro da cidade e que a deixa em casa tipo em 10 minutos? Também é tudo de mentirinha. É um ônibus locado pela produção.

* Mais, tem mais! Aqueles amigos super cool que ela tem, que trazem vinhos e flores para os jantares são... contratados pela produção!!!!! AAAAH. E a gente aqui invejando muito tudo aquilo.

* Na semana passada, segundo o Guardian de hoje, ela ainda fingiu tomar uma sopa de um prato visivelmente... va-zi-o.

ps: aparentemente aquelas crianças são os filhos dela mesmo. =)

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

DIESEL :U: Music Awards 2007 @ KOKO

*Quarta-feira teve aquela premiação da DIESEL, que celebra as bandas independentes que ainda não têm gravadora.

* Não foi fraco: eles redecoraram o KOKO inteirinho, com molduras, espelhos, cortinas, lustres imensos, ficou lindo. Na entrada, tapete vermelho para as celebs locais. Eu digo locais porque aqui tem um mundo paralelo de celebridades. Pessoas que você vê todos os dias nos jornais (tipo a filha do Bob Geldof, a Peaches Geldof, ou o "melhor amigo da Sienna Miller") e passa a acreditar que elas são famosas no mundo todo.

* Ok. A premiação teve até homenagem ao Joy Division, mas é a after-party que interessa.


* Os grandes "vencedores" da noite no quesito indie-rock foram os meninos do The Features, banda muito difícil de ser "googlada". Com esse nome, eles aparecem na décima página do Google, e olha lá. A foto é do Flickr da Ro Connor. Eu gostei bastante do show, uma mistureba que ia de Talking Heads a Interpol, mas que dá certo. O vocalista usa aquelas roupas meio Arcade Fire, sabe como?

Pessoas Armário no show do Good Shoes

* Daí veio o show que aparentemente, só eu gostei. Os Good Shoes não empolgaram ninguém, até porque a galerinha moderna 2.0 da DIESEL queria mais é andar pra lá e pra cá e sair em fotinhos e beber de graça. Mas foi um super show, recomendo.


* Alguns "Ci-És-És"s depois, Kelly Osbourne aparece no recinto e tem que falar ao microfone o quanto ela gosta da banda e tal. Aquele cartaz do musical CHICAGO nas paredes do metrô NUNCA me enganou. Viva o Photoshop. Gritinhos, luvas fluorescentes, capuzes em fúria e entra o CSS.

* Eu nunca mais tinha visto a banda (quer dizer, a GENTE nunca mais viu, ne), e foi um show muito divertido. Parece que a festa inteira estava no bar durante o show do Good Shoes, porque de uma hora pra outra uma multidão ocupou o lugar que antes era só meu. Consegui fazer esse filminho aqui:

"Alcohol" - CSS @ DIESEL Music Awards


* Foi um suspense enorme para a música final, a "Let's Make Love...", claro, e quando ela finalmente começou, a pista virou um inferno. Até tentei filmar a gritaria, mas olha no que deu. Cotoveladas por todos os lados.

Kissy Sell Out

* Eu estava bem empolgada para ver o tal DJ da Radio One Kissy Sell Out, que saiu no especial da Revista do Observer e semana passada apareceu na listinha "Going Up" do The Times como o "rising star DJ". Ele é moleque de tudo e o programa dele na Radio One (tem que entrar no site da rádio e procurar o In New DJs We Trust) tem sido bastante comentado.

* Nada de muuuuuito diferente, mas bem divertido, até porque o cara é doido e não pára de dançar com as próprias músicas. Ele fica tocando essa corneta-sirene o tempo todo e a pista fica parecendo aquelas raves dos anos 90. New Rave, neam, para contextualizar a garotada. Destaque para um anão com calça de couro, bombado e sem camisa que ficava ao lado dele tocando apito, maquiado com tinta fluorescente. Imagina um Van Damme New-Rave com 1,10 de altura. É isso.

* Ele faz o que o Erol Alkan já vem fazendo há aaaaanos, mas as músicas que ele mistura com rock são bem mais trash. De Michael Jackson a Cher. Na pista funciona, porque o povo quer mais é dar risada mesmo, mas eu odeio quando entra vocoder tipo Cher e pop francês farofa no meio de uma música do Bloc Party. =)

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Revista Morar - Setembro 2007


* Eu sei que é um pouco tarde para avisar, mas também só fui receber a revista agora.

* Fiz uma página sobre sites e blogs de design na Revista Morar que veio com a Folha na sexta-feira passada, dia 28 de setembro. Ficou linda a coluninha "Morar.Com", fiquei bem feliz com o resultado. Valeu Paulinha por ter "scanneado" pra mim!

* A entrevista com o "designer das celebridades" Mark Cutler foi bem interessante de fazer e vou colocar aqui algumas respostas legais que não saíram na revista.

[ O Projeto ]

"Começo o projeto assim que conheço o cliente, e não quando conheço o espaço. Vejo o design interior como um retrato da pessoa: quando alguém te visitar, eu quero que a casa reflita seus valores e prioridades. Quero que ela seja "menos decorada" e que tenha mais "a sua cara."

[ Seja Você Mesmo ]

"O grande pecado do design é tentar ser alguém que você não é. Tire fotos da sua casa: você vai ver os cômodos com outros olhos, e saberá se sua casa reflete o que você é."

[ Tendências ]

"Todo designer fala que não liga para modismos, mas é impossível não ficar atento ao que está acontecendo. Cores do momento: o laranja está com tudo, substituindo o azul claro. O preto está de volta assim como os tons metálicos, apesar de eu não ser fã de nenhum deles. Peças decorativas semi-barrocas também voltaram. Acho que as pessoas deixaram aquelas cores terra de lado e voltaram a ser mais exuberantes. É hora de alegar a casa novamente!"

[ A Blogosfera ]

"Eu assisti a uma palestra de Marketing uma vez, e o especialista dizia que os blogs são ferramentas essenciais em qualquer estratégia de marketing para qualquer tipo de empresa. Eu me interessei, procurei no Google blogs de design e descobri vários entusiastas, mas pouquíssimos designers profissionais. Pensei em fazer um para mostrar como é possível incorporar na sua casa aquilo que eu faço nas mansões mais caras do mundo! Sou fã da Martha Stewart e de como ela ensina as pessoas sem menospreza-las. Espero conseguir isso com o meu blog: quero que as pessoas vejam suas casas de uma outra maneira. Se eu puder passar para os leitores apenas uma pequena fração do prazer que tenho com o meu trabalho, já é o suficiente."

---->Para Ler:

* O blog do Mark foi considerado um dos melhores blogs de design do mundo, pelo The Times. Adorei a dica de terça, sobre como pendurar fotos de família pela casa sem ser cafona. Divirta-se:

[ Blog Mark Cutler ]

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Gucci by David Lynch

* Só eu não tinha visto essa propaganda da Gucci dirigida pelo David Lynch e com trilha do Blondie???? Sério?



* O "behind the scenes" é mais legal:

[ Making Of "Gucci" by Lynch ]

Agora em Islington

* Como prometido, coloquei fotos da casa nova lá no Flickr! É só clicar aí para ver.

* Acima, a inusitada varanda do banheiro. Adoro.

* E se você tem dúvida se deve ou não decorar a casa com posters do Milo Garage, eu digo siiiim! As paredes aqui são cheias de quadros de bandas legais e fica lindo. Eu disse "bandas legais", veja bem, seja sensato. =)

Stipe é meu flatmate

* Eu também adorei a idéia do quadro de cortiça com ingressos e backstage passes de festivais. Invejei muito.

Nick Hornby: SLAM

Teen Spirit

* Eba! Amanhã, dia 04 de outubro chega às livrarias o novo livro do Nick Hornby, SLAM.

* Atenção: o livro é sobre e foi escrito para, os adolesccentes. Não somos o público alvo, mas vou comprar mesmo assim porque quero ter certeza que ele vai deixar aquela besteira do A Long Way Down de lado e vai voltar a ser o Hornby de sempre. Alguém conseguiu ler esse livro até o final? Vai virar filme, e já consigo imaginar a cena dos 4 suicidas em cima de um prédio alto com uma vista maravilhosa e trilha dramática.

* Bem, SLAM é sobre um adolescente skatista de 16 anos que descobre que vai ser pai. Os personagens são meus vizinhos, segundo a sinopse. Uma boa desculpa para eu comprar amanhã mesmo. O moleque tem um pôster gigante no quarto do campeão mundial de skate Tony Hawk, e conversa com ele nos momentos mais "reflexivos". Humm...

* Ele deu uma entrevista para o TIMES e disse que escolheu o tal do Hawk por ser uma referência que só quem tem menos de 26 anos vai pegar. Fiquei aliviada, porque eu não faço a menor idéia de quem seja o ser. Ele também não sabia, até ver uma foto do campeão com um skate numa mão e o livro High Fidelity na outra.

* A entrevista você consegue ler no link acima, assim como a resenha do livro feita por um teenager de 16 anos. Ele deu 8,5 para o livro. Ai que medo.

* Fuçando o site do Hornby para saber se vai haver algum lançamento oficial para que eu possa ir e finalmente vê-lo de perto, descobri que ele tem um blog!!!! Não é atualizado desde o dia 24 de setembro justamente porque ele está viajando divulgando o livro, o que significa que eu perdi a primeira leitura, que foi em Londres no dia 30 de setembro.

* Anfam. No blog tem posts interessantes sobre novos projetos, sobre o difícil trabalho de adaptação de "A Long Way Down" para o cinema (ele está ajudando no roteiro e já tem a famosa cena inicial na cabeça), historinhas de viagens para festivais literários (ele fala até de Parati!!!) e uma foto muito fofa do filho dele (que tem autismo) com o manager do time de futebol Arsenal, Arsene Wenger.

--> Para Ler:

[ Blog Nick Hornby ]

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Nas Revistas: Rock & Moda, Idade & Bom Senso

* Na semana retrasada, a revista "Weekend" do Guardian trouxe uma entrevista com a Debbie Harry. Linda, cara fechada como na foto acima, chiquérrima e toda bem comportada. Não de uma forma negativa e careta, apenas longe de ser uma versão Rita Lee da mulher roqueira que envelhece e que acha normal sair de pantufa na rua.

* Nada contra a Rita Lee de hoje, até acho ela muito engraçada, mas aquele estilo hipponga de Woodstock que acredita em duendes me cansa um pouco. Acho meio caricato, e já que moda era o assunto inicial aqui, Rita Lee está looonge de ser um ícone feminino nessa área atualmente.

* Eu perdi a tal revista com capa da Debbie durante a minha mudança, e procurando na internet, só achei a reportagem sem fotos. Para quem quiser ler sobre a vida da roqueira em processo "ageing with dignity" ("envelhecendo com dignidade"), a matéria está aqui.

* No editorial de moda, fotos de como continuar "rocking" independentemente da idade. Isso muito nos interessa, meninas. =)

* Lembrei desse assunto porque ontem, a revista de outro jornal (dessa vez o "The Sunday Times") trouxe um editorial com o Michael Stipe do R.E.M. O assunto era basicamente o mesmo: "Rock On: Dressing your age and living like you mean it".

Olha que fino o Mike com 'echarpe'

* A diferença é que, aos 47 anos ( !!! ), Michael Stipe ainda aparenta 30. E ele pode estrelar uma campanha do Marc Jacobs com calça santro-peito azul-cheguei e sem camisa que isso não choca ninguém. Imagina a coitada da Debbie querendo posar de Marc Jacobs de topzinho no banheiro? Seria motivo de chacota mundial.

Mike supostamente bem vestido

* OK. Deixando a inveja do potencial masculino anti-envelhecimento de lado, a matéria é curtinha e fofa, e dá para ler aqui. Mesmo podendo exibir o tanquinho peludo, Stipe dá um recado aos roqueiros mais velhos:

"É uma honra aceitar a sua idade e se sentir bem com isso, e não tentar ser alguém que você não é. Isso é vulgar"

* p.s. sobre o R.E.M.: na matéria ele diz que vem com a banda para Londres mês que vem para gravar o disco novo


* Ainda no Men's Issue do Times, uma dica para os meninos que curtem rock & moda: com 3 (TRÊS!!!) filmes sobre música saindo, a moda é, dãr, se inspirar nestes "Rock Icons":


* Jaqueta de couro para os fãs de Dylan (filme "I'm not there"), sobretudo preto para os fãs de Curtis ("Control") e camisa branca justa com colete preto para os fãs de Jagger (documentário sobre o Rolling Stones do Scorcese).

* Aquele filminho do U2 a gente ignora, neam. Ninguém quer ver os meninos usando óculos de mosca a la Bono por aí.

obs: as fotos estão ruinzinhas porque são fotos-das-fotos da revista. Preguicinha de buscar no Google Imagens